O rendimento do volante Patrick de Paula ficou bem abaixo do esperado pela torcida alvinegra após o jogador se tornar a contratação mais cara da história do Botafogo (R$ 33 milhões). Porém, não são só os botafoguenses que estão insatisfeitos.

O atleta também garante que pode se desempenhar melhor. Para isso, iniciou os trabalhos de treinamentos antes mesmo da reapresentação da equipe, no dia 9 de janeiro, com um preparador físico particular.

Em entrevista concedida ao ‘ESPN’, Rafael Winicki, ex-preparador físico do Flamengo e responsável pelos treinos de Patrick de Paula nas férias, elogiou a atitude do jogador, que quer se destacar em 2023.

“Partiu dele. Ele se deu conta que 2022 não foi uma boa temporada para ele. Identificou que pode fazer muito mais do que apresentou. Junto disso, se mostrou disposto em abrir mão de parte das férias dele para se preparar e começar uma pré-temporada, como na última não teve uma boa sequência de jogos, teve lesões, intercorrências, jogou menos que os atletas do grupo”, explicou o preparador.

Patrick de Paula quer se destacar em 2023

Rafael Winicki garante que o jogador buscou a preparação individual para melhorar sua performance e evitar as lesões, que foram alguns dos problemas do volante em 2022.

“Procurou esse trabalho individualizado para já se apresentar melhor e colher os frutos disso ao longo da temporada. Objetivo principal é prevenir lesões e melhorar a performance”, garantiu Winicki.

Patrick de Paula iniciou a temporada mais cedo, para evitar lesões e ter melhor rendimento em 2023. VITOR SILVA/BOTAFOGO

Os treinos que antecedem a temporada de Patrick de Paula estão sendo realizados na Zona Oeste do Rio, no Centro de Treinamento de Winicki. Na entrevista, o preparador revelou as metas do volante com o trabalho que está sendo feito.

“Tem a meta de fazer a melhor temporada da vida dele. Ele está muito consciente e amadurecido em relação a isso. De tudo que tem que fazer e abrir mão para atingir essa meta. Render em alto nível, participar do maior número de jogos possíveis e assumir um papel de protagonista da equipe, porque ele tem total potencial para isso”, afirmou o preparador.

Jogadores estão melhorando preparamento físico fora dos CTs

Na visão de Rafael Winicki, que já trabalhou em clubes, o treinamento individualizado não é uma possibilidade nos centros de treinamentos dos clubes. Para o profissional, os preparadores não têm como oferecer o melhor para cada jogador, considerando que as equipes chegam a contar com um grupo de 30 atletas. Essa carência dos clubes tem feito cada vez mais atletas buscarem um estafe individualizado.

“Isso já é uma realidade dentro do futebol mundial. Grandes atletas já têm o seu estafe individualizado. Dentro do clube é impossível num grupo com 30 atletas esse trabalho ser individualizado para cada um. Eu já trabalhei dentro do clube e posso falar isso. Não tem como individualizar 100% o trabalho. Cada vez mais atletas maduros, conscientes e com mentalidade de atleta procuram um trabalho individualizado para render melhor fisicamente e ter um trabalho onde consiga ter o máximo de cuidado para prevenir lesões”, concluiu.

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