Lisca é o cara que sabe jogar. E não falo sobre entrar em campo, coisa que ele fez e entende também. Aqui destaco a harmonia que o treinador conseguiu, ao longo da carreira, ter mesclando o lado “doido” e o conhecimento inegável que ele tem do jogo. Ao mesmo tempo em que consegui conduzir o Vasco na goleada por 4 a 1 contra um adversário direto na luta pelo acesso à Série A da forma mais sábia e efetiva possível, deu um show de carisma (e doideira, por que não?) na entrevista coletiva.

Foi o Vasco de Lisca que conseguiu potencializar, com uma simples troca do treinador, dois jogadores que vinham sendo constantemente criticados. A colocação de Galarza como primeiro volante e a de Bruno Gomes como segundo foi a engrenagem do efetivo Vasco que vimos ontem. O camisa 23, inclusive, deu uma assistência e, no meio de uma instabilidade por conta das seguidas expulsões, levou um chute na cabeça e seguiu sereno. Jogando sua bola e sendo tudo o que esperam dele.

Engrenagem que deu condições ao motor e melhor jogador da partida, pouquíssimas vezes titular com Cabo, decidir o jogo para o Vasco. Léo Jabá fez de tudo. Correu, incomodou o adversário, sofreu pênalti, participou do gol contra e ainda coroou sua apresentação com um contra-ataque de almanaque após belo passe de Sarrafiore (outro que pouco jogava com o ex-técnico). E nesse trem bala da loucura, Vanderlei garantiu a manutenção para que a locomotiva seguisse nos trilhos com uma atuação de destaque no gol.

Parece pouco, mas após 13 rodadas com o torcedor clamando por uma boa atuação, ela veio logo na primeira partida de Lisca. Com apenas um treino, ele viu e implantou detalhes que fizeram a diferença. O trem tem um novo maquinista que pode ser até doido, mas que, aos poucos, vai dominar cada vagão. Estou achando que esse time vai fazer fumaça…

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