Por mais que tenha existido o romântico “futebol total” da Holanda de Cruyff, comandado por Rinus Michels em 1974 e o legado que ficou na história da revolução tática, no seleto grupo de campeões, naquela ocasião, ficou gravada a Alemanha.

Romário levanta a taça. Brasil em 1994 não teve futebol dos sonhos? Mas foi campeão Reprodução

Podemos falar da Seleção Brasileira de 1982 e da de 1994. Hoje, todos valorizam a capacidade da seleção de Telê, mas na verdade, se tivesse uma escolha a fazer na vida, quase todos prefeririam ter as sensações de Parreira no Rose Bowl, após 24 anos sem ganhar uma Copa. Ninguém contesta a capacidade daqueles personagens que tinham Zico, Éder e Falcão como protagonistas. Na verdade, todos até hoje se encantam por eles, contudo, Romário e Bebeto com a taça de Campeão do Mundo, logo após perder o herói Ayrton Senna, foi mais que especial.

A questão é o referencial, é Einstein. Não sendo torcedor da Itália ou da Holanda, certamente, ver o time da “Laranja Mecânica” atuar era muito mais legal sentado no sofá. Jogo da Itália sempre foi mais viril, com poucos gols, a defesa historicamente é forte, mas a beleza fica para longe da “Bota”.

Mas e aí? O torcedor da Azzurra prefere a taça ou a plástica?

Pois é! No fim de tudo, quem quer plástica demais não torce por aquele time, está no sofá. No fim de tudo, desempenho tático é bom para os outros, mas para os da paixão, da arquibancada, o futebol é como a vida – “resultadista”.

Dirão o contrário porque não torcem para o seu time, estão no sofá. Mais ainda, são os resultadistas que pedem tempo longo, mas são os primeiros a defenestrar e pedir a cabeça nos rádios e TV.

No fim de tudo, beleza para os outros, Holanda para eles. No fim de tudo, para nós a taça, pode ser Brasil de 94, Alemanha 74 ou Itália 2006, mas quem não está no sofá, quer ganhar.

A questão é Einstein, é relativo, depende do referencial.

*Este texto não reflete, necessariamente a opinião do Jogada10

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