Um gol de Gabriel, aos 94 minutos, em um dos raros contra-ataque que o Flamengo conseguiu acertar, selou a vitória de 2 a 0 sobre o São Paulo, no Morumbi, no momento em que o adversário, no desespero, buscava o empate. Um jogo sofrível na etapa inicial, que melhorou no segundo tempo, mais pelo esforço geral, pois a técnica reservou a noite para aproveitar os embalos de sábado.

Marinho tenta o voleio contra o São Paulo – Gilvan de Souza / Flamengo

Ambos jogaram com equipes mescladas, o que igualou o nível, mas é fundamental afirmar, mesmo sem apresentar grande futebol, que se o clube da Gávea demitisse o lunático Paulo Souza duas semanas antes de fazê-lo estaria hoje disputando o título brasileiro.

O Flamengo começou intimidando. E marcou logo aos seis minutos, com Lazaro, de cabeça. Em desvantagem, o São Paulo se mostrou vulnerável, oferecendo muitos espaços na retaguarda, e o time carioca poderia ter ampliado na sequência, mas preferiu ser mais cauteloso, para golpear em contra-ataques. E ficou um perde e ganha, com muitos erros de passes, sem nada de interessante.

A equipe local até apresentava maior volume, mas na prática não ameaçava, e o visitante não acertava as tentativas de jogadas ofensivas. A tal marcação por zona do Flamengo, dita pelos comentaristas, era frouxa, pois a bola chegava com freqüência na área, mas para felicidade dos rubro-negros, sem objetivo, dado que os tais “melhores momentos” exibidos pela TV, ao fim do primeiro tempo, ficaram limitados ao gol de Lazaro.

Segundo tempo

O intervalo reservou um prato cheio para os treinadores tomarem providências. O São Paulo fez duas substituições, o contundido Miranda por Diego Costa, e Patrick, que só reclamou da arbitragem, por Calleri, atacante mais rápido e oportunista. Curiosamente, Dorival Júnior recomendou que o seu time continuasse “trocando passes e mantendo a posse da bola”, o que não ocorreu até ali, sugerindo que não viu motivo para mudanças.

Na realidade, as dificuldades eram comuns aos dois times, o que tornava impossível avaliar o que poderia ocorrer. O paulista mostrava pressa em excesso. E o do Rio não aproveitava as oportunidades de contra-ataques, um equívoco quando a opção é ficar encolhido, apostando na deficiência do adversário.

Após os 20 minutos, os técnicos lançaram um pacotão de substituições, visando melhorias necessárias, e o São Paulo começou a pressionar. Aos 28, em saída veloz, o Flamengo enfim teve enfim a oportunidade de liquidar, mas Vitor Hugo errou a finalização. Dorival Júnior decidiu colocar Arrascaeta e Éverton Ribeiro. Mas o resultado permaneceu indefinido. E ficou difícil afirmar quem errava mais. Marcos Guilherme, na pequena área, concluiu para fora.

E a partida foi se arrastando, até que Gabriel, em contra-ataque que oferecia várias opções, bateu na saída de Felipe Alves e meteu 2 a 0. Dado que ambos apresentaram pouco, e o placar foi obtido fora de casa, perante 50 mil pessoas, até que a vitória acabou sendo merecida.

*Este texto não reflete, necessariamente a opinião do Jogada10

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