Botafogo e Vasco começam a decidir no fim de semana a Taça Rio. Sem provocação, uma espécie de Segunda Divisão da Taça Guanabara. Afinal, o torneio, que tradicionalmente indicava um dos finalistas do Campeonato Carioca, reuniu este ano os classificados do quinto ao oitavo lugares. O ‘campeão’ leva um prêmio em dinheiro e um troféu de valor esportivo muito duvidoso.

Talvez o confronto valha até como uma forma de avaliação para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Os dois times têm no retorno à elite do futebol o principal objetivo da temporada.

Neste momento, o Vasco mostra avanços bem mais significativos. O trabalho do técnico Marcelo Cabo vem se consolidando, apesar da campanha ruim no Carioca – em boa parte atribuída à opção de começar a competição com uma equipe sub-23. O time avançou à terceira fase da Copa do Brasil e conseguiu a façanha de encerrar um jejum de 17 jogos sem vencer o Flamengo.

No Botafogo, a temporada até aqui é de pura vergonha. Eliminado da Copa do Brasil pelo ABC, fazendo campanha vexatória no Carioca, mesmo com os titulares em todos os jogos, e vendo o técnico Marcelo Chamusca comandar um péssimo trabalho, sendo alvo de duras e justas críticas da torcida.

Ser campeão da Taça Rio nada significa. Nada mesmo. Se for o Vasco, o mais provável, Chamusca vai balançar bem mais. Se for o Botafogo, Marcelo Cabo segue o seu caminho sem medo na Colina, Chamusca ganha fôlego, mas dificilmente conseguirá entrar na Série B com o respaldo dos torcedores. E aí é que está o grande perigo. Vitórias, muitas vezes, são traiçoeiras…