A bola que consagra é a mesma que pune

Depois da maratona da temporada de 2021, o Galo deixa os gramados brasileiros consagrado com a conquista dos títulos mineiro, do Brasileiro e da Copa do Brasil. O time dirigido pelo técnico Cuca passeou e ergueu as taças com absoluta justiça.

O Palmeiras de Abel Ferreira se caracterizou por altos e baixos, mas encerrou o ano com nada menos do que o bicampeonato da Libertadores da América, derrotando o Flamengo, em Montevidéu. E a conquista veio com inteira justiça, num caminho que também teve obstáculos como o São Paulo e o Atlético-MG.

As surpresas de 2021 foram o Fortaleza, com vaga direta na Libertadores, e o Athletico-PR, campeão da Sul-Americana e vice da Copa do Brasil, mesmo com um elenco limitado e com a troca de treinador no meio da temporada. O ponto negativo do Furacão foi o péssimo desempenho no Brasileiro, que colocou e risco até mesmo a permanência na Série A.

Inesperado também foi o fato de o poderoso Flamengo ter faturado somente o tricampeonato carioca, praticamente nada para o milionário elenco que mantém. A chegada de Renato Gaúcho para substituir Rogério Ceni se mostrou um grande erro com o passar dos jogos e tumultuou completamente o fim de temporada, com a queda na Copa do Brasil, a perda de fôlego no Brasileiro e a derrota na decisão da Libertadores.

Decepção maior tiveram os torcedores do Grêmio, que fez pesados gastos e se afundou no lodo da Segundona. A campanha foi tão ruim, que o Tricolor passou 37 das 38 rodadas na zona de rebaixamento. Uma vergonha! Agora é esperar por 2022. Se a bola é responsável por muita festa e alegria, também costuma ser impiedosa com os erros e a incompetência.

*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10.

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