Além da derrota para o Cuiabá, em casa, o Botafogo teve mais um capítulo de atrito com a CBF. Afinal, o gol que decretou a derrota alvinegra por 1 a 0, marcado por Isidro Pitta, revoltou torcida e dirigentes do clube. Segundo eles, houve toque de mão do atacante do Dourado no lance. No entanto, o time carioca teve atuação ruim, sem inspiração e criatividade ofensiva, contribuindo diretamente para o resultado final.
Recentemente, aliás, o lema “contra tudo e contra todos” virou febre nas redes sociais. O alvo das críticas voltou a ser justamente a CBF, após o adiamento da partida diante do Fortaleza. Depois do apagão da luzes no Nilton Santos, contra o Athletico-PR, os atletas garantiram ter condições de atuar no Castelão, porém a entidade preferiu postergar, de modo unilateral, a data do confronto mesmo assim.
Na entrevista coletiva pós-derrota para o Cuiabá, o técnico Lucio Flavio foi questionado se o levantamento dessa bandeira por parte da torcida não influencia na hora de mascarar os problemas internos do grupo. O Botafogo, por sinal, teve dificuldades para criar frente à formação compactada dos mato-grossenses, abusando, assim, dos lançamentos e “chuveirinhos” na área adversária.
“Não vejo dessa forma. Em um primeiro momento, você acaba até pensando nisso (culpa externa). Por exemplo, nós estávamos na iminência de viajar para Fortaleza, acabou o treino. Após o treino ficamos no CT. Quando veio a notícia que não teria a partida, já começamos a preparar para o jogo contra o Cuiabá. A partir do momento que o jogador entra em campo, ele não pensa em mais nada, só no adversário”, disse, complementando em seguida.
“Nos preparamos ao longo de todos esses dias assistindo vídeos do Cuiabá. Preparando para um adversário que sabíamos que seria difícil. Não vejo dessa forma. Os jogadores têm totais condições de passar por situações como essa porque são experientes e certamente vão dar essa resposta e dar a volta por cima depois do resultado negativo”, concluiu o técnico, efetivado no cargo até dezembro.
CEO do Botafogo se posiciona
Além disso, a polêmica em relação ao gol do Cuiabá reverberou fora das quatro linhas. Tanto é que o CEO do clube, Thairo Arruda, ironizou o lance que culminou no placar de 1 a 0. O dirigente também citou a jogada na qual Víctor Cuesta balançou a rede, ainda no primeiro tempo, anulada logo na sequência pela arbitragem por considerar toque de bola no braço esquerdo do zagueiro.
Bola rela na mão do Cuesta: Falta
Bola explode nas mãos do Pitta: Gol legalE ai Abel Ferreira, pode me explicar o que é isso? 🤡 pic.twitter.com/fB1B8iSyBe
— Thairo Arruda (@thairoarruda) October 30, 2023
‘“Bola rela na mão do Cuesta: falta. Bola explode nas mãos do Pitta: gol legal. E ai Abel Ferreira, pode me explicar o que é isso?“, escreveu, cutucando o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras. Aliás, essa rixa nos bastidores vem de algum tempo. Isso porque, o treinador português costuma reclamar com frequência das decisões dos juízes em duelos do Verdão, pondo em cheque a isonomia da competição.
Felipe Neto critica CBF
Outra personalidade conhecida no Botafogo também foi às redes sociais criticar a validação do gol. Influencer digital e torcedor alvinegro, Felipe Neto teceu duros comentários acerca dos árbitros e, principalmente, da CBF. Ao se referir a ela, usou termos que desafiam a honestidade e transparência da entidade na condução do campeonato.
Entreguem o campeonato.
A CBF já decidiu o q vai acontecer.
Gol de mão vale contra o Botafogo, mas anulam quando é a favor.
Entidade suja, corrupta, safada. pic.twitter.com/cUXtgSbjc1
— Felipe Neto 🦉 (@felipeneto) October 30, 2023
“Entreguem o campeonato. A CBF já decidiu o q vai acontecer. Gol de mão vale contra o Botafogo, mas anulam quando é a favor. Entidade suja, corrupta, safada”, postou.
Com 59 pontos, o Glorioso sustenta seis pontos na liderança do Brasileirão. Agora, a equipe tem justamente o vice-líder Palmeiras pela frente, nesta quarta-feira, às 21h30, no Estádio Nilton Santos.
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