O Botafogo encontrava dificuldades maiúsculas para administrar o resultado quando estava em vantagem nesta edição da Série B do Campeonato Brasileiro. Erros infantis eram vistos com frequência. Esta característica, ligada ao fator psicológico, ficou nítida durante a passagem do treinador Marcelo Chamusca por General Severiano. Com Enderson Moreira, em três partidas, a situação foi bem diferente. Contra Confiança, CSA e Vasco, o Glorioso não sofreu gols e terminou com nove pontos. O novo técnico do Alvinegro aposta em uma filosofia que, de forma certeira, resolveu o problema do time a curto prazo.
“Tenho um pensamento de que somos uma cabeça que controla o corpo. Então, a confiança é muito importante. Temos o pensamento de que, talvez, não sejamos tão bons. Mas o resgate foi muito importante, com minhas ideias. Eles vinham fazendo coisas importantes já com o Chamusca. Tenho minha maneira de pensar, coloquei isso para eles, que aceitaram muito bem. Para dar uma mudada, precisamos confiar no treinador e na comissão. Estamos aqui para ajudar, quando ajudamos os atletas, eles nos retribuem com bons resultados”, explicou Enderson.
Com 100% de aproveitamento, Enderson não se anima com o retrospecto, prega pés no chão e exalta a solidariedade dos jogadores da equipe alvinegra para deixá-la mais compacta em campo. Isso contribuiu, segundo o técnico, para o Botafogo não ser vazado nos últimos três encontros na Segundona.
“O sistema defensivo é toda equipe. Nossos jogadores de frente estão envolvidos. O que nos faz atacar ou defender é apenas a questão de ter a bola. Quando não temos, marcamos e, quando temos, buscamos jogar. Temos que defender em blocos, sem deixar a bola entrar no corredor central”, acrescentou.
Com 22 pontos, o Botafogo ocupa a nona colocação da Série B, a quatro do G4, zona da tabela que permite o acesso à elite do futebol brasileiro. O time volta a campo neste domingo (8), contra a Ponte Preta, no Estádio Nilton Santos. O embate é válido pela 14ª rodada da competição.
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