É impressionante como os Campeonatos Estaduais têm pouco prestígio atualmente, mas são uma faca no pescoço dos treinadores. É fato que Sylvinho, ex-jogador do clube, já começou na corda-bamba a temporada no Corinthians e caiu depois de apenas três jogos. Também salta aos olhos o despreparo da diretoria. Ou errou ao manter um treinador muito pressionado ou errou agora ao demiti-lo.
No São Paulo, Rogério Ceni enfrenta quadro parecido. O clube se reforçou com as indicações do treinador, mas, em campo, os resultados não aparecem. Muito longe disso. O goleiro Rogério Ceni é ídolo maior da torcida, mas o técnico já foi chutado uma vez do Morumbi e corre sério risco de levar outro pontapé.
No Fluminense, Abel Braga – campeão brasileiro em 2012 – ouviu gritos de burro e ofensas impublicáveis na vitória sobre o Audax. O inusitado foi o motivo da ira da galera: queria a entrada em campo de Paulo Henrique Ganso, meia que passa longe de ser unanimidade nas arquibancadas, mas que ganhou surpreendente apoio.
Os jogos dos estaduais certamente não têm a relevância de outrora, período em que foram fundamentais para a consolidação da rivalidade regional e da enorme paixão que move o futebol nacional. Os tempos são outros, as prioridades das comissões técnicas também.
No entanto, quando a bola rola, a torcida não quer saber quem é o adversário e exige a vitória com autoridade. Em times de camisas pesadas, não há descanso. É vencer, vencer ou vencer. Melhor do que ninguém, os técnicos sabem disso. Afinal, a porta de saída do futebol brasileiro jamais está fechada.
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