Aos 47 anos, Cláudio Caçapa nunca trabalhou no Brasil como técnico. No Lyon há oito temporadas, o ex-zagueiro teve seu debute neste domingo, no Nilton Santos, para ajudar o Botafogo como interino. E começou com o pé direito, ao vencer o clássico contra o Vasco por 2 a 0, mantendo os seis pontos na liderança do Brasileirão. Afinal, a atmosfera não poderia ter sido melhor: estádio lotado e equipe vibrante mesmo após o impacto com a interrupção do trabalho de Luís Castro.

Assim, Caçapa foi só elogios à torcida alvinegra. Aliás, fez questão de abrir a sua primeira entrevista coletiva com o tema.

“Não poderia começar essa coletiva sem falar primeiro da torcida. O que eu vivi aqui hoje foi algo extraordinário. Vou usar a mesma palavra que falei para os meus jogadores no vestiário depois do jogo, ver a torcida cantando na nossa chegada foi algo maravilhoso. Gostaria de começar agradecendo a todos os torcedores”, afirmou.

Caçapa chegou na sexta e já orientou o time à beira do campo contra o Vasco – Foto: Vitor Silva/Botafogo

Clima no grupo pós-Luís Castro

Segundo Caçapa, o ambiente é o melhor possível. Ele teve pouco contato com os jogadores, mas notou que não houve danos com o adeus de Luís Castro, que aceitou a proposta do Al Nassr, da Arábia Saudita, e se despediu na sexta.

“O grupo está muito leve, muito certo do que podem fazer. Minha conversa foi bem aberta. É lógico que foi um baque, ninguém esperava, mas eles viraram a página muito rápido, dizendo ‘Ok, foi bom, o baque foi grande, mas precisamos continuar’. Isso me deu confiança, disse para eles que também não iria fazer loucuras. Disse a eles que o mais importante não era quem fizesse o gol, mas sim vibrar com o gol. E nem tinha como não vibrar pela festa que a torcida fez hoje” explicou o interino.

Caçapa ainda elogiou a recepção que teve do grupo e dos funcionários e a troca com Lúcio Flávio, comandante do sub-23 que deu treino na sexta e assinou a súmula do jogo contra o Vasco como técnico. Afinal, de acordo com o regulamento da CBF, apenas os auxiliares podem não ter vínculo empregatício formal com o clube, que é o que caso do auxiliar do Lyon.

A princípio, o profissional segue no comando para a partida contra o vice-líder Grêmio, no próximo domingo, em Porto Alegre. Ele revelou que se reapresentaria ao Lyon nesta terça-feira, após um mês de férias, mas, como os clubes têm o mesmo dono, a liberação para permanecer no Botafogo é automática. A tendência, por enquanto, é que John Textor contrate um técnico para o Alvinegro nos próximos dias.

 

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