Betinho Marques

A torcida do Atlético é patrimônio da sensibilidade humana

O Atlético lança por intermédio de Helvécio Marins e Sérgio Borges sua película ‘Lutar, Lutar, Lutar’ no dia 11 de novembro nas principais salas de cinema da capital mineira e região metropolitana, além de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Antes, porém, sem olhar a quem, sem saber qual é o estilo, até roqueira do metal pulsou, respeitou e cantou Marília Mendonça antes da peleja contra o América. Quem viveu o Mineirão no clássico Atlético x América, na tarde de domingo, viu um pedaço da torcida do Atlético como patrimônio mundial da sensibilidade humana.

Diante desse cenário, a ideia de “atleticanar” permeia a força do sentimento de uma instituição forjada pelo sofrimento do paraíso. O colchão poético que aquece o apaixonado atleticano entra em cena na comunhão do amor revoltado, da paixão em ilhas de resiliência, na força de apanhar muito e cada vez mais resistir, reconstruir seu olhar tenaz, terno e se fermentar na imensidão de ser Galo.

Enquanto uma película real de prismas de sofrimento resgata a raiz de lutar, lutar e lutar, os novos tempos dizem:

Vencer, Vencer e Vencer

O Atlético luta a partir de agora muito menos contra Flamengo e Palmeiras. O Atlético luta contra os seus traumas, amores, dissabores e faz contas contra suas ansiedades. Vive uma fenda aberta, se aperta, esfrega os olhos, vive, sobrevive e revive o passado, presente e enxerga o futuro. A matemática atleticana quer cicatrizar.

Quando meu pai pegou uma roupa após eu dar o último banho da sua passagem por aqui dei a ele uma camisa do Galo para ele “lutar” e não desistir, para ir forte para o hospital. Ele olhou pra mim e disse: “Cansei de lutar, lutar e lutar, não me dê mais essa camisa.”

Os olhos choraram, a alma ardeu. Guardei a camisa na gaveta da cômoda e lá se foi ele para o hospital. Na verdade, ele se foi e não voltou. Cansou de lutar. Mas na verdade, a camisa do Galo para ele era celebração…

Hoje, entendo que ele não queria despedir dela, não queria levar ele para um fim…

O cara que tanto lutou para me entregar quando criança uma camisa listrada preta e branca em quase todo aniversário, queria apenas comungar de outro trecho do hino: vencer, vencer e vencer…

Aos pais, aos filhos, aos avós, ao amigo encantado de Guimarães Rosa, à Vander Lee, à Roberto Drummond e ao Espírito Santo, nas salas de cinema temos por ontem: “Lutar, Lutar e Lutar”

Mas nas salas verdes do presente ansioso … Passa o dia e a noite e vai chegando a hora de …

“Vencer, Vencer e Vencer”.

*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10.

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Flávio Almeida

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