Há uma pergunta que o Palmeirense deve estar fazendo: será que o meu (ótimo) time terá poder de fogo para buscar o título da Libertadores? Essa questão está na ordem do dia do Verdão. É nítido a cada jogo que o time, que sofreu tanto com desfalques, principalmente por causa da Covid-19, está sentindo a sequência de jogos. Muitos jogadores estão aquém do que normalmente são capazes. Zé Raphael, tão importante no esquema de Abel Ferreira, já virou desfalque frequente. Raphael Veiga é uma sombra do jogador excepcional que vimos em outubro e novembro. Willian não suporta um jogo inteiro, Luiz Adriano, embora tenha decidido os dois últimos jogos, quase anda em campo. Isso sem falar nas frequentes lesões, como recentemente a de Gabriel Veron
O treinador Abel Ferreira vem dizendo que sofre horrores para conseguir escalar um meio de campo, pois o volume de jogos é gigantesco e não há tempo para recuperação. O problema é que muitos outros times estão com o mesmo problema, sofreram com a Covid-19, mas, fisicamente, os seus jogadores mostram maior vigor físico. Vide o Grêmio, que será adversário do Palmeiras na final da Copa do Brasil. Jogou mais partidas do que o Verdão e os jogadores não se arrastam pelo gramado. Não sei se há um problema na preparação física, mas algo não está 100%.
O Verdão enfrentará o River Plate, na Argentina, na terça-feira (5/1), na partida de ida pela semifinal da Libertadores. E qualquer torcedor sabe que, se o time apresentar o futebol das últimas quatro partidas (Internacional, os dois jogos com o América-MG e o Bragantino), será presa fácil. E olha que o rival não terá dois de seus principais jogadores (Casco e Angeleri, machucados). Mas joga um futebol de alto nível, envolvente e que cansa qualquer adversário com seu toque de bola. Além do mais, o River, diferentemente do Palmeiras, está voando. A ponto de o treinador Marcelo Gallardo nem pensar em escalar reservas no jogo deste sábado contra o Boca Juniors, pelo Campeonato Argentino.
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