Abel Ferreira foi expulso na estreia do Palmeiras com vitória sobre o Cuiabá no Brasileirão-2023. Ele recebeu dois cartões amarelos por reclamação ainda na primeira etapa e, consequentemente, o vermelho. O treinador disse não ter entendido o motivo, além de enfatizar que levará bronca em casa.
“Fiquei curioso para saber o que ele vai escrever (na súmula). Mas o pior disso tudo é chegar em casa e enfrentar minha mulher e minhas filhas, quando tenho feito um esforço tremendo para melhorar nisso. Sei, portanto, que tenho que melhorar e fico triste. Isso me tira a vontade de ser treinador, me tira a vontade de estar aqui”, destacou.
“Hoje estou triste… pá, triste mesmo. Uma parte do meu coração está feliz porque ganhamos um jogo difícil. Gosto de ver o futebol, sou intenso dentro das quatro linhas, intenso no jogo. Talvez seja essa tolerância zero, que ainda não estou adaptado. Mas meus jogadores não mereciam ficar sem o treinador no banco. Eles sabem o quanto me esforço para os ajudar. Foi tudo muito confuso. Não queria ser expulso, tinha um objetivo meu. Fui na Supercopa, levei dois amarelos até agora… Mas não adianta. Ser expulso hoje não estava nos meus planos. Não sei se o trabalho que que estou fazendo é suficiente, se é a tolerância zero, se o meu português não está claro… não sei, não sei”, continuou.
O treinador palmeirense mostrou, ainda, sua perplexidade pelo fato de um dos bandeirinhas da partida se referir a ele em outro idioma.
“O fiscal de linha fala comigo em espanhol. Eu não sou espanhol, sou português, de Portugal. É a mesma língua”, disse, em tom de revolta.
Súmula relata ofensa de Abel
Abel tomou conhecimento da justificativa do árbitro durante a entrevista coletiva no Allianz Parque. Na súmula oficial da partida, o cartão vermelho aplicado ao treinador foi motivado por uma ofensa à arbitragem.
“Após ser informado pelo arbitro assistente 01, expulsei diretamente por: sair da sua área técnica ir em direção ao arbitro assistente 01 gesticulando e proferindo aos gritos as seguintes palavras “que arbitragem de merda”, relatou Paulo Cesar Zanovelli da Silva, que apitou o jogo.
As reclamações de Abel acompanhadas pelo abandono da parte técnica foram notadas no momento. Mas a ofensa não pode ser confirmada facilmente. O comandante do Verdão afirma não entender a expulsão e frisou que apenas questionou o árbitro em relação ao cartão amarelo para Flaco López.
“Não o ofendi, tudo que puseram de ofensa é mentira. Não o ofendi. Protestei. Talvez essas novas regras da tolerância zero, mas deve ser igual para todos. Acho que foi uma arbitragem muito confusa”, opinou Abel.
Nova orientação da CBF
De acordo com a nova orientação da CBF válida para este Brasileirão, a arbitragem deverá punir com mais rigor reclamações durante a partida. Além dos dois amarelos para o treinador alviverde, o auxiliar Vitor Castanheira e dois jogadores Deyverson e Filipe Augusto, do Cuiabá, também receberam o cartão.
O Palmeiras volta a jogar na próxima quinta-feira (20), quando enfrenta o Cerro Porteño, às 21h, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores.
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