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Abel diz que Inter foi prejudicado no Brasileiro: ‘Teve sacanagem nos dois últimos jogos’

Abel Braga - Cruzeiro x Fluminense - 09/10/2019 - Cruzeiro x Fluminense, vigésima quarta rodada do campeonato Brasileiro 2019, no Mineirão, em Belo Horizonte/MG - Bruno Haddad/Cruzeiro

Passado mais de um mês do fim do Campeonato Brasileiro e o técnico Abel Braga ainda parece não ter engolido o vice-campeonato nacional com o Inter. Em entrevista à Rádio Central, de Campinas (SP), na noite desta terça-feira (30), Abelão abriu o jogo e mostrou sua insatisfação com a arbitragem nas últimas duas rodadas.

Abel demonstrou insatisfação com a atuação da arbitragem nas rodadas finais do Brasileiro – Bruno Haddad/Cruzeiro

“A gente escuta tanta coisa, tanta bobagem, tanta besteira, vê tanta sacanagem… Vou te falar. Teve sacanagem nos dois últimos jogos do campeonato, sempre só para um lado, é complexo o negócio. Mas, fazer o quê? O que consta é quem foi campeão, quem chegou em primeiro, mas não era para ser bem assim não”, disse Abel.

Nas últimas duas rodadas do Brasileiro, o Inter enfrentou Flamengo e Corinthians, respectivamente. Contra os rubro-negros, no Maracanã, os colorados reclamaram demais da expulsão de Rodinei no início do segundo tempo depois de uma entrada em Filipe Luís. O Flamengo venceu por 2 a 1, de virada. Já na rodada final, a principal reclamação dos gaúchos foi por causa de um pênalti desmarcado pelo árbitro após consulta ao VAR. O empate em 0 a 0 manteve o Inter na fila do Brasileiro, título que não conquista desde 1979.

“Eles (se referindo ao Flamengo) até tiveram um futebol mais vistoso, mas o nosso futebol era muito mais objetivo, operário e coletivo. E a gente não tinha medo de ninguém. O time não ia engatar nove vitórias seguidas à toa. Mas tiraram da gente, fazer o quê? Foi pena, um negócio meio inacreditável para muita gente”, afirmou Abelão.

Proposta do mundo árabe que não vingou

Abel também revelou detalhes da proposta que recebeu do Al-Wahda, dos Emirados Árabes, logo depois de deixar o Internacional, que já havia acertado a contratação do espanhol Miguel Ángel Ramírez.

“Eu estava em casa e já estava tudo acertado para assumir o Al-Wahda, que é rival do Al-Jazira, onde trabalhei, em Abu Dhabi. Já tinha fechado números e comissão técnica também, mas aí, na hora, colocaram um treinador holandês pagando trinta mil dólares por mês. Até comentei que trinta mil dólares era o bicho na época do Al Jazira. Agora, espero ficar mais em casa e ver jogos melhores”, concluiu.

Flávio Almeida