Abel Ferreira reconheceu que o Palmeiras esteve abaixo do esperado na derrota por 2 a 1 para o América-MG, no Independência. Mas se por um lado assumiu a fraca atuação na noite de quarta-feira (6), por outro culpou a arbitragem de Leandro Vuaden pelo resultado negativo. O treinador foi irônico ao citar que o VAR não recomendou a expulsão do zagueiro Ricardo Bauermann após derrubar Rony aos três minutos do segundo tempo, em lance no qual o atacante chegou à entrada da área, em condição clara de gol. O defensor, no entanto, recebeu apenas o cartão amarelo.
O prejuízo do Palmeiras de jogar sem a bola .
“Asssumo a minha responsabilidade, junto com a minha equipe, mas há um lance que é determinante. O VAR chamou o senhor árbitro para os dois pênaltis (a favor do América-MG). Deveria ter chamado para a falta no Rony, que estava cara a cara com o goleiro. É uma pena que o VAR estava ocupado comendo pipoca e não viu o que todos viram. Teve interferência direta no resultado”, disparou o português, antes de dizer que não gostaria que o árbitro apitasse mais jogos de sua equipe:
“Nada contra ele (Vuaden), mas desejo que não apite mais nossos jogos. Esteve conosco na final da Supercopa e foi o que foi. Contra o São Paulo ele não viu um pênalti contra o Luiz Adriano, nem o VAR, e hoje o vermelho que não deu em cima do jogador que fez a falta no Rony. Há fatores que nem jogadores ou treinador controlam e que condiciona o resultado. Urge a arbitragem ser profissional, e não amadora, se queremos melhorar o futebol brasileiro”.
Sem conseguir triunfar há três rodadas no Brasileiro, Abel sabe que sua equipe tem a obrigação de melhorar se quiser diminuir a diferença para o líder Atlético-MG, que apenas empatou com a lanterna Chapecoense e aparece 11 pontos à frente na classificação.
“Conheço apenas uma forma de melhorar, que é treinar. Temos muito espaço para isso. Todos nós. Os mais novos, os mais velhos, o treinador. Temos e devemos fazer. Jogamos contra uma equipe boa e que gosta de ter a bola. O América fez o que devíamos fazer com bola, fazer o que o Ademir fez, levando para o um contra um. Mas não fomos capazes de impor nosso jogo. Tivemos três situações para matar o jogo, mas não definimos. Depois de sofrer o gol tive que fazer as alterações, arrisquei colocando mais jogadores na frente. Tivemos nos pés do Veron e do Wesley oportunidades. Mas não vamos tirar o mérito do nosso adversário, que trabalhou para fazer o resultado”, encerrou.
O Palmeiras buscará retormar o caminho das vitórias no sábado (9) às 21h, no Allianz Parque, diante do Red Bull Bragantino. A partida marcará o retorno do público à casa alviverde após mais de um ano e meio sem presença de torcedores por conta da pandemia do novo coronavírus.
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