Abel: ‘Não quero um time que jogue para trás. Quero samba’

Abel Ferreira, em tom professoral, explicou o sucesso do Palmeiras neste returno do Campeonato Brasileiro. Após a vitória sobre o Internacional por 3 a 0, na Arena Barueri, pela rodada 34, o técnico português, em uma frase, definiu o estilo de jogo do Verdão para quem ainda não se convenceu sobre como os jogadores alviverdes perfilam-se em campo. Aliás, lusitano, o comandante não quer saber da malemolência de um fado…

“Não quero um time que jogue para trás. Quero samba”, resumiu.

O mister não parou por aí. Quis, então, na sequência da metáfora, detalhar o seu pensamento a respeito de futebol, ministrando uma verdadeira aula de Tática.

“A primeira coisa, na transição ofensiva, é olhar para frente. Deste modo, se não tivermos condições de atacar, utilizamos uma ferramenta chamada circulação de bola, aproveitando as costas dos adversários. O Palmeiras não é só verticalidade. São duas formas que tenho. O lateral não é um zagueiro. É um híbrido. Os melhores fazem diferente. Temos jogadores que são saca-rolhas. Destravam e conseguem espaços sozinhos. Minha missão é ajudá-los a serem os melhores”, emendou Ferreira.

Arrogância, Abel?

Antes de tudo, Abel sabe que um Palmeiras vencedor é extremamente importante para a sequência de sua carreira. No entanto, ele sequer cogita dividir os méritos com o elenco alviverde.

“Os jogadores chutam, correm, decidem e ganham títulos. Ao treinador cabe, portanto, o papel de criar o espírito e dar organização à equipe. Os jogadores, então, estão acima dos treinadores. O que mais me orgulha é fazer tudo com equilíbrio”, entende.

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