Palmeiras' Portuguese coach Abel Ferreira celebrates with the trophy after winning the Copa Libertadores football tournament by defeating Santos in the all-Brazilian final match at Maracana Stadium in Rio de Janeiro, Brazil, on January 30, 2021. (Photo by RICARDO MORAES / POOL / AFP)
Abel Ferreira cravou o nome na história do Palmeiras e do futebol brasileiro. Assim como Jorge Jesus, campeão da Libertadores-2019 pelo Flamengo, o treinador português cruzou o Oceano Atlântico para ganhar o principal torneio da América do Sul. Neste sábado, no Maracanã, após levar o Verdão ao título com a vitória sobre o Santos por 1 a 0, ele foi instigado a falar sobre o assunto.
“Jesus tem uma forma de jogar e pensar o futebol completamente diferente da minha. Quando cheguei aqui, vi que tinha matéria-prima e, sobretudo, homens. Não posso vender uma ideia que não acredito. Apostamos em uma forma coletiva e estávamos preparados para tudo: substituições, bolas paradas e pênaltis”, disse o comandante lusitano.
A conquista da Libertadores foi tão importante que o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, ligou para Abel para felicitá-lo pelo título, o primeiro na carreira do treinador de 42 anos.
Abel Ferreira também aproveitou a oportunidade e fez um apelo aos jornalistas presentes na coletiva de imprensa do treinador.
“Vocês, brasileiros, têm treinadores muito competentes e precisam valorizá-los. Abel Braga está perto de ganhar o Brasileiro pelo Internacional. O Renato faz um trabalho fantástico no Grêmio. Tem o Diniz… É um país com recursos naturais e ótimas equipes. Vocês precisam de um pouco mais de paciência. Aqui, é igual a Portugal. Queremos resultados de um dia para o outro e só valorizamos nossos profissionais quando eles vão embora. É preciso ter mais coragem para mantê-los até o fim. Há coisas que falam mais do que títulos”, ressaltou.
“Atravessei o oceano, pois acreditei em uma coisa antes dela acontecer. Sou melhor técnico depois de ter entrado no palmeiras. Mas sou pior pai, pior filho, pior irmão, pior tio, pois deixei minha família, mas tive de me sacrificar em prol da minha profissão”, completou.
Por falar em técnicos brasileiros, Abel fez questão de lembrar do “Mister” Vanderlei Luxemburgo, seu antecessor no Palmeiras. Ele chegou em novembro à Academia de Futebol para comandar o time alviverde no lugar de Luxa, demitido por conta da irregularidade do Alviverde no Brasileiro.
“Quem começou a caminhada foi o Mister Luxemburgo. Peguei a equipe brigando em todas as competições, com uma ótima estrutura para trabalhar”, acrescentou.
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