O técnico Abel Ferreira, da SE Palmeiras, em jogo contra a equipe do C Atlético Mineiro, durante partida válida pelas quartas de final, ida, da Copa Libertadores, no Estádio Mineirão. (Foto: Cesar Greco)
O Palmeiras não se abateu com a derrota parcial no placar e buscou o empate por 2 a 2 com o Atlético na noite desta quarta-feira (3), no Mineirão, pelo duelo de ida das quartas da Libertadores. Ao contrário do habitual, o técnico Abel Ferreira esteve o tempo todo sereno. Após o jogo, ele enalteceu a capacidade de reação de seus comandados e assegurou que a maturidade do grupo fez a diferença para a equipe não se dar por vencida.
“A reação é fruto de muito trabalho dos jogadores, que têm uma mentalidade competitiva fortíssima. É uma equipe que tem sucesso porque sabe que se der o máximo nos treinos e jogos, o treinador aceita qualquer resultado. Tem de dar em cada lance o melhor de si”, destacou Abel.
“Na segunda parte, após o gol, fomos muito melhores. Fizemos dois gols, tivemos uma grande oportunidade com o Dudu. Jogamos da nossa maneira. E quando da nossa maneira, essa equipe é capaz de tudo. Assim, nunca devemos desistir. O empate, afinal, acaba por ser o resultado justo. Deixa tudo aberto para a segunda mão”, acrescentou.
Ademais, Abel Ferreira elogiou o desempenho do adversário. E reconheceu que o Palmeiras não conseguiu jogar na primeira etapa.
” Jogamos contra um time qualificado e muito bem treinado. Afinal, não nos deixou jogar, com marcação agressiva, fechada e que foi melhor na primeira parte. Tivemos muitos fatores que podem nos perturbar mentalmente. Um pênalti no fim do primeiro tempo, entrar e sofrer o gol no início do segundo. Nosso adversário foi muito forte”, disse.
O comandante ainda exaltou o trabalho de Cuca e dos demais técnicos brasileiros. Destacou o mérito de treinadores no Brasil alcançarem resultados satisfatórios em pouco tempo para treinamentos, de acordo com o seu ponto de vista.
“Quanto mais tempo passo aqui, mais admiro os técnicos brasileiros. Eles fazem milagres sem tempo para treinar. Na Europa temos tempo. Tenho ótima relação com o Cuca, meu tempo como jogador já foi. Não jogo contra treinador. Não sou eu que jogo, é o Palmeiras. O Cuca tem grandes conquistas, experiência e o respeito muito. Além disso, tem uma equipe qualificada e hoje nos criou muitas dificuldades”.
Durante a coletiva, o treinador português foi chamado de Abel Braga duas vezes por um jornalista. E se divertiu:
“Saiba que eu gosto muito dele também”, disse, aos risos.
Após o ocorrido, Abel se dirigiu ao repórter e o deixou mais tranquilo, confidenciando um segredo:
“Não se preocupe, eu também erro o nome dos meus jogadores”
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