Este colunista está próximo de completar 40 anos e, modéstia à parte, entende um pouco sobre Botafogo de Futebol e Regatas: a culpa de o clube entregar o título brasileiro não é da CBF, da arbitragem, de Cristiano Ronaldo, de Luís Castro, dos secadores desafiados pelo infantil “Contra Tudo e Contra Todos”, dos diretores da SAF ou de John Textor. Do goleiro titular ao último reserva, os jogadores se adiantaram à previsão da última coluna e já proporcionaram o maior vexame da história centenária do Glorioso. A derrota surreal para o Palmeiras é exatamente uma metáfora do Brasileirão: primeira metade exuberante e um complemento medonho. O Alvinegro, com estes amarelões, deve terminar o Nacional entre a sexta ou a sétima posição. Assim, permanecerá como um case de fracasso. A grande chacota dos rivais. Um autêntico cavalo paraguaio.
A verdade é que o elenco alvinegro deixou a diretoria de mãos atadas ao bancar o dublê de treinador Lucio Flavio. A SAF queria um nome mais experiente para a reta final do Brasileirão, após a decisão correta pela saída de Bruno Lage. Mas qual profissional não daria um voto de confiança a um elenco que estava com três ou quatro rodadas de vantagem sobre o segundo colocado? Nenhum cartola, em sã consciência, se posicionaria contra a vontade do grupo. Seria, claramente, um tiro no pé. No entanto, a opção do plantel, desde o anúncio, causou pânico aos botafoguenses mais antigos.
Sintomático, não?
Lucio Flavio é a personificação do fiasco no “botafoguismo”. O ícone do “chororô” estava, aliás, naquela partida contra o River Plate, em 2007, pela Copa Sul-Americana, no Monumental de Núñez. O time carioca vencia, no agregado, por 3 a 1, com um jogador a mais. E conseguiu levar a virada e voltar ao Brasil com a eliminação. Sintomático, não?
Como distribuidor de coletes, o Passageiro da Agonia nunca teve MÉRITO para ocupar o atual cargo. Qual o seu trabalho relevante na carreira? O fantoche só está ali porque foi APANIGUADO pelos jogadores. Talvez por ser um boa praça, de gostar de rezar com o plantel… Não sei. De fato, parece, sim, ser um doce de pessoa. Um amigão! Sua declaração, após a desastrosa jornada do Botafogo diante do Palmeiras, é de um adepto ao Zen Budismo. Entretanto, não tem perfil para conduzir um time que almeja o título ao seu objetivo. Como treinador, está no nível de Eduardo Húngaro e Felipe Conceição.
Botafogo de LF vai de mal a pior
O Botafogo de Lucio Flavio venceu um Fluminense de ressaca e suou sangue para derrotar o moribundo América-MG. Em seguida, de nove pontos consecutivos, EM CASA, para colocar a mão taça, só conseguiu um, com direito a dois grandes vexames. Em todos estes encontros, o dublê de treinador não exerceu liderança, fez figuração no banco de reservas e tampouco mostrou capacidade para mexer no time. Sim… Não foi o Passageiro da Agonia que chutou a bola em cima de Pitta, perdeu pênalti na hora de decretar o 4 a 1 ou chegou atrasado na marcação. Mas ele é sócio no desastre ao não entender o contexto das partidas.
Enfim, é um dos piores dias para o “botafoguismo”. Uma humilhação sem tamanho. O sonho do tricampeonato chegou ao fim da pior forma possível, a oito rodadas para encerrar a tortura. O Botafogo é um museu aberto de decepções. Podem anotar. Este dano é irreversível.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10
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