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O Vasco deve receber uma notificação da Justiça nos próximos dias. Afinal, o clube negociou um acordo pela dívida que possui com Andrey e seus representantes para que ele retornasse por empréstimo, mas não o cumpriu. Assim, o advogado do jogador afirmou que vai entrar com uma ação na Justiça contra o time que o cliente defende.

No caso, o parcelamento proposto foi em três parcelas, com a última sendo quitada em abril, mas isso não ocorreu. O Cruz-Maltino pagou apenas a primeira parcela. O débito gira em torno de R$ 12 milhões, referentes aos 30% que o volante e seu estafe tem direito pela venda ao Chelsea, da Inglaterra. A informação, da última segunda-feira, é do ‘Canal do Pedrosa’.

O Cruz-Maltino, aliás, utilizou a dívida como artifício para ter sucesso no retorno de Andrey, mas por empréstimo após não conseguir o visto de trabalho para atuar na Europa. Bem como depois do Palmeiras encerrar as negociações para tentar fechar com o volante.

Sem a pontuação necessária para atuar na Inglaterra, Chelsea e Andrey optaram pelo retorno ao Vasco – Daniel Ramalho / CRVG

Em entrevista à ‘ESPN’, o advogado do volante e seus empresários, André Ribeiro, indicou que o Vasco formalizou a promessa através de um documento. Por sinal, o clube assegurou que faria o pagamento de parte da dívida atrasada na última segunda-feira (15), porém também desrespeitou a nova promessa.

“Era para ser ontem e haviam prometido inclusive por escrito. Haviam confirmado o pagamento para ontem. E não avisaram nada sobre a mudança”, declarou o advogado.

SAF do Vasco é questionada

Em seguida, revelou que os representantes do Andrey não estão abertos a novas conversas para renegociação do débito.

“Já iremos entrar com ações agora, não vamos mais aguardar. O Andrey retornou ao Vasco, aceitou parcelar um valor que já estava vencido. Acreditou na promessa do clube e foi desrespeitado”, completou o profissional.

Mesmo assim, o advogado garante que tal situação não vai interferir no desempenho em campo do volante. Afinal, em tese, o camisa 21 ainda vai defender o Vasco por algumas rodadas do Brasileirão após retornar do Mundial Sub-20.

“São coisas distintas. A questão aqui é meramente patrimonial. O descontentamento do atleta e de seu estafe é que realmente foram atendidos todos os pedidos do Vasco para o retorno dele. Ele tem amor e carinho pelo clube, e isso pesou na decisão. Ocorre que agora sequer recebeu qualquer satisfação de uma situação de atrasos de pagamentos que já se arrastam por meses”, contestou Ribeiro.

“Isso nos leva a questionar a própria estrutura das SAFs, e o risco de tradicionais clubes brasileiros ficarem nas mãos de grupos estrangeiros sem qualquer garantia de que obrigações financeiras sejam cumpridas. É o novo modelo (SAF), mas a velha falta de gestão de sempre”.

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