Botafogo

Alta ansiedade, laterais… cinco razões para oscilação do líder Botafogo

A vantagem do Botafogo na liderança do Campeonato Brasileiro, de sete pontos, ainda é razoavelmente confortável. No entanto, a queda de rendimento recente aumentou a preocupação interna, afinal, o time sofreu três derrotas seguidas e iniciou muito mal o returno. Não é difícil, porém, identificar os principais problemas que levaram a esse momento de oscilação.

O Jogada10 preparou alguma lista de questões no time e na abordagem dos adversários que explica o cenário atual. Entre elas está a ausência e falta de ritmo de Tiquinho, a má fase dos laterais e até uma questão levantada pelo técnico Bruno Lage após o último mau resultado. O próximo compromisso alvinegro é no Estádio Nilton Santos, contra o Goiás, na próxima segunda-feira.

Alta ansiedade

A ansiedade vem sendo debatida há um mês e é tema frequente nas coletivas do treinador. O português, aliás, atribuiu a esse excesso alguns erros da equipe, e a direção citou o adjetivo ao minimizar o desabafo em que o próprio colocou o cargo à disposição, logo após a derrota para o Flamengo. O Botafogo, de fato, tem uma pressão grande pelo título por ter liderado o campeonato desde o começo e por não conquistá-lo há 28 anos. Parece claro que os jogadores passaram a sentir isso e não mostram a mesma tranquilidade e confiança em campo.

Botafogo vem sendo parado com facilidade pela marcação dos adversários – Foto: Vitor Silva/Botafogo

Decisões erradas do técnico

Lage, por sua vez, tem sua parcela de culpa em escolhas técnicas. Apostou sem sucesso em JP Galvão na lateral direita, mexeu mais de uma vez no posicionamento de Tchê Tchê e não foi capaz de alterar a forma de jogar quando a equipe precisou. O Glorioso, então, deixou de ser eficiente no ataque e vem sendo dominado em boa parte do tempo pelos adversários. Além disso, a decisão de negligenciar a Copa Sul-Americana, com a eliminação após a escalação de reservas nas quartas, talvez tenha trazido ainda mais pressão sobre o Brasileirão.

Rivais já dominam o estilo do Botafogo

Outro fator, mencionado inclusive pelo técnico, é que os adversários já leem o estilo de jogo alvinegro. Principalmente nas partidas fora de casa, já sabem o que fazer para neutralizar algumas armas que deram certo no primeiro turno.

“Nós temos que ter essa dimensão de campeão e perceber quais são os passos das equipes que jogam contra nós. Fomos contra o Atlético-MG, jogaram para a trás, e aqui (contra o Corinthians) a mesma coisa, perceberam que éramos muito fortes em transição, em blocos, com saída rápidas. Se o sinal de alerta é isso, temos que perceber o que precisamos fazer quando tivermos a posse de bola. Os adversários viram o Botafogo jogar seis meses, e agora temos que perceber onde estão os espaços para darmos continuidade ao nosso jogo”

Queda acentuada dos laterais

Di Plácido fez um ótimo primeiro turno, mas passou a errar muito defensivamente. Com isso, foi barrado por JP, mas o jovem não correspondeu à altura. A outra opção é Mateo Ponte, porém, o uruguaio não tem experiência e ainda não mostrou qualidade para cumprir a tarefa, de acordo com a comissão técnica. No lado esquerdo, Marçal também não vive boa fase e foi expulso no primeiro tempo do jogo contra o Corinthians. Hugo até vinha fazendo boas partidas e terá nova chance contra o Goiás, nesta segunda-feira, no Nilton Santos.

Baixo rendimento físico de Eduardo e Tiquinho

Tiquinho Soares, artilheiro da competição, se lesionou há mais de 50 dias. Desde então, o Botafogo correu para repor a perda momentânea e achou Diego Costa no mercado. O retorno antecipado do camisa 9, porém, não foi com gols. A equipe, portanto, perdeu a principal referência de eficiência, que garantiu várias vitórias, como as contra o Cuiabá, Palmeiras e Fortaleza. E o jejum começa a preocupar.

Eduardo e Tiquinho deixaram de ser referências no ataque recentemente – Foto: Vitor Silva/Botafogo

Além disso, não é de hoje que Eduardo não suporta o ritmo da maioria das partidas. Com 33 anos, o time exigiu muito do meia durante toda a temporada e, fisicamente, está difícil entregar. A bola costuma passar por ele na criação e não vem tendo a mesma qualidade. A SAF do Botafogo tentou várias opções no mercado para não sobrecarregá-lo, como Matías Rojas e James Rodríguez, mas o único que chegou foi Diego Hernández. O uruguaio, no entanto, é uma aposta e ainda não parece pronto para o ritmo do futebol brasileiro.

“Não temos que colocar pressão nenhuma em cima desses jogadores (Tiquinho e Eduardo). Ganhamos e perdemos todos juntos. Eduardo é um jogador importante para a equipe, por isso, em um ou outro momento foi preservado. Nós sabemos o que estamos a fazer. Tiquinho vem de uma longa paragem de quatro semanas. Trabalho fantástico do departamento médico que o recuperou e que em tempo recorde recuperou para estar à disposição do time. Amanhã o Tiquinho vai fazer um remate, vai bater em um jogador e a bola vai entrar, como aconteceu em várias vezes. Aquilo que temos que continuar a fazer é seguir com esta energia positiva e não trazer a energia negativa para dentro”, disse Bruno Lage.

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Andre Casado

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