O Tribunal Superior da União Europeia determinou, na última quinta-feira (21), que a Uefa e a Fifa não podem punir nenhum movimento a favor da criação da Superliga Europeia, torneio proposto por uma associação de clubes para substituir a Champions League. A decisão repercutiu no mundo da bola e contou com a adesão de dois personagens fortes no Velho Continente. Curiosamente, dois italianos.

Técnico do Real Madrid, clube que é o maior entusiasta da Superliga, Carlo Ancelotti aplaudiu a decisão da União Europeia. Ele assegura que a Superliga é a melhor solução.

“Decisão importante para o futebol, para os jogadores e para todos os clubes. Há clubes que não estão tão convencidos. Porém, pelo menos, não haverá um monopólio para controlar tudo. Para o nosso mundo, vai ser positivo. Estou seguro. Precisamos melhorar o calendário internacional. É algo que me preocupa neste momento”, pontuou Don Carlo.

Imprensa espanhola aponta possíveis substitutos de Ancelotti no Real Madrid
Ancelotti é um nome de peso na queda de braço entre Superliga e Uefa – Foto: Carlo Hermann/AFP via Getty Images

Ancelotti não está sozinho nesta batalha. Presidente do Napoli, atual campeão italiano, Aurelio De Laurentiis apareceu na mesma trincheira e com um discurso ainda mais inflamado.

“Os que governavam até agora têm sido monopolistas e não entenderam que o futebol é uma uma empresa e necessita de volume de negócios crescentes. Se eu investir centenas de milhões em um circo que distribui nozes e me obriga a brincar sempre para manter um sistema improdutivo a funcionar não vale a pena. O futebol está administrado por pessoas sem visão”, respondeu De Laurentiis.

Entenda a Superliga

Em 2021, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham, Atlético de Madrid, Barcelona, Real Madrid, Milan, Inter de Milão e Juventus se uniram na criação de uma Superliga Europeia. Estes 12 clubes fizeram aquele movimento em razão de discordâncias a respeito do formato e de receitas da Champions League.

Entretanto, as instâncias superiores das maiores entidades esportivas sufocaram o projeto. Em seguida, a maioria dos clubes recuou. Apenas Real Madrid, Juventus e Barcelona sustentaram a defesa de um novo torneio disputado neste “G-12” (agora, com o apoio explícito do Napoli).

Por outro lado, para evitar suspensão da Uefa, a Superliga entrou na Justiça por seus interesses. Aliás, a entidade ameaçou processar os “desertores”, mas acabou retrocedendo.

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