O treinador António Oliveira pediu que o time do Corinthians tenha “sangue no olho” para conseguir reverter a situação desesperadora do clube, que está na lanterna do seu grupo, sob ameaça de rebaixamento.
O português, de 41 anos, foi apresentado oficialmente neste sábado (10/2). Assim, já vai estar na Neo Química Arena neste domingo, comandando o Timão na partida contra a Portuguesa. Um embate tenso. Afinal, envolve duas equipes que estão na zona da degola. Portanto, é como se valesse seis pontos na prática.
O português, nascido em Lisboa em 9/10/1982 e que foi zagueiro durante sua carreira de jogador, enfatizou a confiança nos jogadores corintianos. E pediu garra para a superação.
“Eu peço sangue no olho. Confio muito nos jogadores. Temos que respeitar o potencial deles”, declarou.
António exaltou a história do Corinthians e disse que está motivado para fazer diferença e ajudar a tirar a equipe da má fase.
“Se eu quisesse zona de conforto teria ficado onde estava. Estamos a falar de um colosso do futebol mundial. Estou muito feliz por estar aqui”, disse, ressaltando que considerou a proposta “irrecusável”.
António comentou sobre a repercussão da sua saída do Cuiabá em direção ao clube paulista.
“Quanto mais falavam, mais vontade eu tinha de representar esse clube. É um desafio. Tenho ciência da minha capacidade”, afirmou, acrescentando alguns fatores que, segundo ele, são essenciais para a virada.
“Precisamos de organização, profissionalismo, competência e resgatar o melhor dos jogadores”, disse.
E mais um fator fundamental: fazer mais do que falar.
“Nessa altura é falar pouco e os resultados é que vão falar mais alto”.
O treinador não deixou de repercutir as críticas recorrentes sobre o atacante Yuri Alberto, que vive um processo de decadência há meses, para desgosto dos torcedores.
“O mais importante a essa altura é resgatar a confiança de todos os atletas. E isso vale para o Yuri Alberto. Os grandes jogadores podem jogar e tenho certeza de que amanhã eles vão dar alegria ao torcedor corintiano”, concluiu.
Mas como resgatar a confiança da equipe?
“O primeiro passo é ganhar. Depois, é sempre muito mais fácil trabalhar sobre vitórias. Temos um grupo animado, ciente do momento e com enorme vontade de dar a volta por cima”.
Sobre a possibilidade de reforços, António afirmou que, neste primeiro momento, vai observar o desempenho do time para poder avaliar as necessidades. E, então, poderá levar os pedidos à diretoria.
António também lembrou de outras passagens pelo futebol brasileiro. Afinal, ele trabalhou no Santos, Athletico Paranaense, Coritiba e Cuiabá. Como é liderar uma equipe no Brasil?
“É desgastante, sim. Mas é muito bom. Principalmente neste tipo de equipe, resgatando a confiança. Tenho certeza de que o Corinthians logo vai voltar a ser o que deve representar”, concluiu.
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