Flamengo

Ao J10, Jean Mota destaca qualidades de Sampaoli e vê liga no Flamengo

Com apenas sete jogos de Jorge Sampaoli à frente do Flamengo, os torcedores já puderam perceber a energia fervorosa e intensidade do técnico à beira do campo. Essas, aliás, são duas características do argentino, que antes de desembarcar no Rio de Janeiro trabalhou no Atlético e no Santos.

Quando esteve no Peixe, Sampaoli colaborou para o crescimento de produção de Jean Mota que, na ocasião, convivia com críticas de boa parte da torcida. Não à toa, o comandante pediu a permanência do habilidoso atleta na Vila Belmiro. Assim, o Jogada10 conversou com exclusividade com o meia, que atualmente defende o Inter Miami e disputa a MLS (liga de futebol dos Estados Unidos).

Jean Mota durante partida do Inter Miami contra o Barcelona – Michael Reaves/Getty Images

Jean Mota destaca que o comportamento de Sampaoli durante as partidas é um diferencial para o desempenho das equipes às quais trabalha. Assim, seus atletas costumam reproduzir no campo a  intensidade do treinador. Para o ex-comandado de Sampaoli, a fusão entre a qualidade técnica do Flamengo e a visão de futebol do argentino têm tudo para dar liga.

“Pode se dizer que sim. Afinal, ele não deixa que o jogador se acomode tanto no treino quanto no jogo. É algo dele, de pilhar o jogador, não deixar com que abaixe a concentração, o nível de intensidade. O Flamengo tem um elenco de qualidade. Acho que os jogadores podem ganhar ainda mais nesse quesito de intensidade. E tecnicamente também, sem dúvidas”, disse o jogador, hoje com 29 anos.

Sampaoli durante jogo do Flamengo contra o Racing, pela Libertadores – Gilvan de Souza –

Grande fase com Sampaoli

Na temporada de 2019, com Jorge Sampaoli no comando, Jean Mota viveu um de seus melhores momentos pelo Santos (atuou no clube entre junho de 2016 e dezembro de 2021). Aliás, com o técnico argentino, o meia ganhou mais liberdade em campo, jogando mais perto do ataque. Ele destacou o período com a camisa do Peixe e a importância de Sampaoli neste processo.

“Foi um grande momento da minha carreira ao qual pude conquistar prêmios importantes individuais. Sem dúvidas, o Sampaoli teve um papel importante em me ajudar nessa nova posição, que para mim era algo novo. Porém, teve muito da ajuda dos meus companheiros, e muito trabalho meu também para poder estar num grande nível e dar resultado dentro de campo. As melhores lembranças foram esses prêmios individuais e de como nós, jogadores, desfrutávamos de cada partida”, detalhou Jean Mota.

Jean Mota durante partida pelo Santos em 2021 – Ivan Storti/Santos FC

Experiência em disputar a MLS

Após grandes atuações defendendo uma das camisas mais pesadas do futebol brasileiro, Jean Mota foi comprado pelo Inter Miami no início do ano passado. Embora esteja se recuperando de lesão no joelho direito, o jogador vem sendo um dos grandes destaques da equipe que disputa a MLS (Major League Soccer). Mota destacou como tem sido esse período nos Estados Unidos,

“Está sendo uma experiência incrível, estou muito feliz e desfrutando de cada momento. É uma liga muito equilibrada, podemos ver times muito competitivos, qualidade tem melhorado a cada ano que passa, com jogadores experientes, renomados e jovens promissores. Uma Liga muito organizada também com grande estrutura”, disse o jogador.

Veja outras respostas de Jean Mota

Principais diferenças entre o futebol norte-americano e o brasileiro

“Aqui, o jogo é mais de transição, muita intensidade, mais corrido do que no Brasil, não tem tanta cadência.
Aqui jogo vindo de trás, tenho a bola longa nos pontas e laterais e posso encontrar esse passe entre linhas para o meia ou até o atacante, e muitas vezes tenho jogado até de primeiro volante, ajudando nessa transição, defesa para o ataque. Tenho liberdade pra atacar quando jogo ali na segunda linha, onde consigo tanto finalizar quanto achar o passe, e bola parada que é algo que sempre foi meu forte, tem me ajudado também.”

Jean Mota com a camisa do Inter Miami – Lauren Sopourn/Getty Images

Como foi a adaptação?

“Adaptação foi melhor do que imaginei. Não falo inglês, mas minha esposa é fluente, então, no dia a dia, foi bem tranquilo para ela e meus filhos. No clube foi um pouco difícil, mas depois do terceiro mês, algumas aulas, comecei a entender. Tenho mais dois anos de contrato, e a minha intenção é permanecer. Afinal, está sendo muito bom em todos os aspectos. Tenho desfrutado tanto do futebol quanto do tempo de qualidade com minha família. Isso faz diferença”, encerrou Jean Mota.

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Lucas Bayer

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