Apesar de ainda não ter sido anunciado, Álvaro Pacheco já está até a caminho do Rio de Janeiro para fechar com o Vasco. Sua chegada ao aeroporto Galeão é prevista para este domingo (19). E o Jogada10 buscou conhecer mais das origens e estilo do treinador português.
Dessa forma, a reportagem conversou com o jornalista brasileiro Thiago Correia, do Diário do Minho, de Braga (POR), para saber mais sobre Pacheco. Segundo Correia, a chegada do português se assemelha à de Artur Jorge, seu compatriota, ao Botafogo.
“A situação da chegada de Álvaro Pacheco ao Vasco tem algumas semelhanças com a de Artur Jorge ao Botafogo, e não apenas pelo fato de ambos terem saído do Minho brigados com clubes que fizeram bons trabalhos. Assim como o treinador alvinegro, a experiência de Pacheco não vai muito além de um perímetro muito limitado de onde nasceu e acumulou experiência enquanto técnico de futebol. A única vez que esteve a mais de três horas (de carro) de casa, fracassou no Estoril”, detalhou o jornalista.
Vitória de Guimarães fez história
Ele lembra, porém, que a antiga equipe de Artur Jorge – o Braga – era menos modesta que o Vitória de Guimarães. Por mais que não tenha treinado o time no último sábado (18), quando disputou-se a última rodada do Campeonato Português, seu time conseguiu terminar na quinta posição, com 63 pontos – melhor pontuação da história do clube. O Braga ficou em quarto, com 68.
“No entanto, as suas passagens pelo modestíssimo Vizela e pelo tradicionalíssimo Vitória de Guimarães podem trazer alguma expectativa positiva para os vascaínos, inclusive ao fazer uma comparação com o Braga de Artur Jorge. O elenco do Braga é muito superior ao do Vitória. Artur Jorge tinha jogadores da categoria de João Moutinho, Pizzi, Matheus, Djaló, Ricardo Horta, Borja, Zalazar, Bruma e outros. E até o último fim de semana os dois disputavam ponto a ponto o quarto lugar”, analisou.
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Correia afirma que Pacheco conseguiu alcançar um padrão de jogo com seu time, mesmo que sem jogadores de maior calibre. No Vasco, porém, o treinador encontrará alguns atletas mais encorpados, por assim dizer.
“Com um elenco mediano, Álvaro Pacheco conseguiu extrair o máximo dos jogadores, criar um padrão de jogo, obter um conjunto sólido, e fazer algumas individualidades destacaram-se, principalmente na figura de Jota Silva, que chegou a ser convocado para a seleção portuguesa e dificilmente permanece em Guimarães. No Vasco, vai ter pelo menos três jogadores acima da média para criar uma espinha dorsal, coisa que ele não tinha no Vitória”, afirmou.
E o esquema no Vasco?
Na atual temporada, o Vasco já testou um esquema com três zagueiros e outro com linha de quatro. Segundo o jornalista, o português tende a usar defesa com três jogadores.
“Nesta temporada, Pacheco apostou muito no esquema com três zagueiros, algo que Ramón Díaz tentou no início da temporada e acabou por abandonar. Do meio para a frente, podia variar para um sistema com quatro no meio e três na frente, ou com dois atacantes e um meio-campo mais povoado. Mas sempre com ofensividade e coragem para praticar um jogo ofensivo e com pressão”, disse.
Para Thiago Correia, o português tem um “carisma natural”, apesar de ser agitado na beira do campo. Dessa forma, é capaz, aposta o jornalista, que São Januário seja tomado por torcedores com boinas em breve. O item substituiu o seu famoso boné quando a diretoria do Vitória de Guimarães trocou o código de vestimenta do clube.
“Fora de campo, é um treinador com um carisma natural. Se for bem, a tendência é ver São Januário cheia de boinas em um futuro próximo. Costuma conquistar logo os jogadores no vestiário, e a torcida com muita agitação na linha lateral”, finalizou.
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