Das quatro seleções que o Brasil nunca venceu em Copa do Mundo – Hungria, Noruega, Portugal e Suíça – duas não estão em 2022, e uma delas será o nosso segundo adversário na primeira fase. Hungria e Noruega ficaram pelo caminho. Perdemos para Portugal em 1966, por 3 a 1, e empatamos em 2010, por 0 a 0, em jogo que não valia praticamente nada. E empatamos duas vezes com a Suíça, 2 a 2, em 1950, e 1 a 1, em 2018.
O Brasil estreia contra a Sérvia, cujo time hoje é superior ao que perdeu para nós por 2 a 0 na Rússia, e que criará mais problemas, até porque o país pentacampeão mundial está muito distante dos tempos de glória. A Sérvia chegou à frente de Portugal e da República da Irlanda em seu grupo continental. Herdou o ótimo nível da extinta Iugoslávia. E é hoje mais experiente em competições internacionais.
Depois o Brasil enfrentará a Suíça, que tem agora uma equipe melhor do que aquela de 2018, e uma referência básica: mandou a Itália para a repescagem. A Azzurra foi detonada pela Macedônia do Norte. Mas continua sendo a atual campeã da Europa.
E por fim teremos Camarões, que eliminou Costa do Marfim e Argélia, duas seleções tradicionais da África, e ainda guarda na mente e no coração de todos a imagem de 1990, de Roger Milla. Mas o que resta daqueles tempos, na prática, é a possibilidade de decidir graças a um lampejo individual, pois joga um futebol prioritariamente mecanizado, e apesar de tudo, está abaixo do Brasil.
No conjunto da obra, o Brasil, após uma combinação de resultados, passará à próxima fase, mas não será absolutamente tranqüilo, pois é fato que a seleção de Tite não joga contra europeus faz tempo, e ganhar dos adversários sul-americanos – à exceção da Argentina – é como roubar doce da mão de criança. O Brasil vai passar aos trancos e barrancos.
Afirmar agora qual será o campeão do mundo hoje é tarefa impraticável. São sete meses até o começo do torneio. E as próprias seleções da Europa poderão sofrer mudanças significativas. Mas não seria exagero dizer que Argentina, Inglaterra e França, uma delas estará na decisão, e que a Alemanha, dependendo de como vai se comportar – evitando ou não experiência em excesso – também é forte candidata.
Difícil considerar a Bélgica no páreo, pois embora tenha ótimos jogadores, e o fato de já ter eliminado o Brasil, costuma falhar na Hora H. Pelo material, não é absurdo afirmar que poderia ter ganhado o Europeu. E a Espanha é uma incógnita, por ora, embora não possa ser definitivamente descartada.
Quando a coisa chegar mais perto poderemos fazer uma análise mais detalhada. Mas Argentina, Inglaterra e França, uma delas será finalista.
Siga o Jogada10 nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10.
Comentários