Apesar de invicto, Marcelo Cabo lida com o desafio de dar equilíbrio defensivo ao Vasco

Cabo e sua comissão técnica sabem que o primeiro passo para equilibrar o setor defensivo dá-se obrigatoriamente pela definição da zaga titular a fim de que estes atletas ganhem o ritmo de jogo ideal. Contudo, devido a um planejamento estabelecido em conjunto com o departamento de futebol, diante de um calendário apertado, alguns jogadores têm sido poupados em determinadas partidas nesta fase inicial de trabalho.

“Fico feliz, ainda não perdi. Queria ter mais vitórias, é isso que a gente busca. Quanto à bola parada, não tem desculpas. Mais uma vez sofremos um gol de cabeça após cobrança de escanteio. Tem de trabalhar. Temos uma marcação mista: uma linha de marcação, setorizando e bloqueando os jogadores adversários. Houve dois problemas. Faltou o primeiro homem da linha e não fizemos o bloqueio dos rivais. O zagueiro deles apareceu nas costas de um marcador nosso. Tem sido o nosso calcanhar de Aquiles. Agora é silêncio e trabalho para não tomarmos gol de bola parada no futuro”, alertou o treinador, sobre a bola parada defensiva, após a vitória sobre o Bangu, no último sábado.

Contra Portuguesa, Macaé, Madureira (duas vezes), Fluminense e Bangu, o setor defensivo falhou e sofreu gols neste tipo de jogada. Ou seja, mais da metade dos jogos nesta temporada, tendo em vista que o Cruz-Maltino entrou em campo nove vezes, oito pelo Campeonato Carioca e uma pela Copa do Brasil. Vale lembrar que na derrota para a Lusa na estreia pelo Estadual, a equipe era toda sub-22 e comandada por Diogo Siston, que ainda dirigiu o time no revés diante do Volta Redonda, no jogo seguinte.

Pelo pouco tempo de trabalho a frente do Vasco, Cabo mostra-se satisfeito e sabe que os erros fazem parte de um processo de preparação para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro e que está em seu início. Para ele, as falhas serão corrigidas com o ganho natural de entrosamento no decorrer dos treinos e o auxílio de jogadores mais rodados.

“A média da equipe que iniciou contra o Bangu era de 19 anos. Jogadores mais experientes vão trazer mais equilíbrio e uma melhor competição no elenco. Estamos jogando duas competições, mas o começo também é de avaliação. A gente está se preparando… A gente finaliza a pré-temporada após o jogo contra o Flamengo. Ali, terei um time-base e passaremos a ter algumas definições. Quem ficará comigo, quem descerá para a base. Então, é um período de avaliação. Eu estou satisfeito. O elenco é fragmentado. Teve gente que foi contratado, que veio da base e que já era do elenco. É claro que gostaria de ter melhores resultados, mas conseguimos extrair coisas boas. Vão chegar jogadores, sim, mas com muito critério”, disse o treinador.

Nesta quarta-feira, contra a Tombense-MG, fora de casa, o Cruz-Maltino precisa ter atenção redobrada com as jogadas de bola parada no setor defensivo para não repetir as falhas dos últimos jogos e evitar, assim, ser surpreendido com uma eliminação precoce ainda na segunda fase da Copa do Brasil.