O técnico do Vasco, Ramón Díaz, concedeu uma curta, mas bastante incisiva entrevista coletiva, na noite deste domingo, após o empate em 1 a 1 com o Bahia. Afinal, além de assegurar que sua equipe não será rebaixada, apesar da situação difícil na tabela do Brasileirão, o argentino elevou o tom e clamou pela liberação de público no estádio de São Januário, reforçando o coro contra a decisão judicial.

Com o resultado, o Cruz-Matino segue na 18a posição, agora com 17 pontos, e está a cinco de distância do próprio Tricolor de Aço, o primeiro clube fora da zona da degola. Ao menos, pode dizer que perdeu apenas um dos últimos cinco jogos que disputou.

“Uma mensagem para todo mundo e para a torcida do Vasco: o Vasco não vai cair, não vai cair. Façam o que façam, o Vasco não vai cair, absolutamente. Vamos lutar até o fim, façam o que façam, não vai cair”, repetiu Díaz, batendo na mesa e acrescentando o motivo do desabafo:

“Nós queremos jogar em casa, queremos jogar no nosso campo. Todas as outras equipes jogam em seus campos, mas nós, não. Por quê? Também queremos jogar em casa, com nosso público. Hoje vocês viram todas as pessoas que vieram, muitas pessoas. Que acabem com essa suspensão. Temos torcida para encher dois estádios, nos deixem jogar na nossa casa, por favor!”, clamou.

ATUAÇÃO RUIM NO 1º TEMPO

Antes de falar sobre o desempenho do time, Ramón Díaz ainda respondeu mais uma pergunta sobre o tema e enalteceu o tamanho e a força da torcida do Vasco. Uma multidão, por sinal, esteve nos arredores de São Januário para assistir o jogo e protestar. Além disso, cerca de cinco mil lotaram o espaço destinado aos visitantes na Arena Fonte Nova.

“Incrível o que faz a torcida do Vasco, incrível. Demonstra que é um grande clube, com uma grandíssima torcida. Mas queremos jogar na nossa casa, no nosso estádio. Podemos lotar três estádios com a nossa torcida. Façam o que façam, não vamos cair, não vamos cair”, cravou.

 

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Em seguida, o técnico reprovou o primeiro tempo do Vasco, quando sofreu com o domínio do adversário, e gostou do que viu na reação. As entradas de Marlon Gomes, Payet e Ferreira foram essenciais para um panorama diferente (veja as atuações aqui).

“O que posso dizer é que não jogamos bem no primeiro tempo, estivemos muito mal. Por isso eu já pensava no segundo tempo, que tínhamos que mudar. E a equipe mudou. Fomos mais intensos, porque eles nos superaram nisso no primeiro tempo. No segundo fomos melhores taticamente”, avaliou Ramón Díaz, que ainda reclamou da falta de crítério do árbitro ao não expulsar Gilberto por cometer o pênalti.

Na próxima rodada, o Vasco tem o clássico contra o Fluminense pela frente, ainda em local indefinido. A bola rola somente, porém, no dia 16, afinal, as competições têm a paralisação de quase duas semanas para a Data-Fifa.

Pablo Vegetti marcou o gol do Vasco em Salvador, de pênalti – Foto: Leandro Amorim / Vasco

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