A polêmica sobre o gramado do Maracanã teve um novo capítulo após o jogo do Vasco, neste domingo. A rivalidade a respeito do uso do estádio tomou conta do notíciário na última semana e, após a chuva, poças e lama, o estado do campo chamou a atenção negativamente. Assim, foi duramente criticado por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, presidente do Conselho de Administração do Flamengo.

Fora de campo, a torcida cruz-maltina compareceu em peso e empurrou o time para uma vitória por 1 a 0, essencial na luta contra o rebaixamento. Contudo, o piso foi castigado, e as falhas se transformaram em poças d’água, sobretudo na pequena área dos goleiros. Em uma cena emblemática, o goleiro Léo Jardim teve que pular na lama para espalmar uma finalização em direção à sua meta.

Chuva de críticas

Diante da cena, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, presidente do Conselho de Administração do Flamengo, criticou o estado do gramado, o qual considerou ser “o pior do Brasil”. Vale lembrar que o campo do Maracanã já foi alvo de críticas ao longo da temporada por outras figuras. Jorge Sampaoli, técnico rubro-negro, Gabigol, Abel Ferreira, do Palmeiras, e Renato Portaluppi, comandante do Grêmio, também reclamaram.

“O estado do gramado do Maracanã após a partida do Vasco contra o Atlético-MG é uma lástima. O pior do Brasil”, disse Bap, através de suas redes sociais, fazendo coro a Sampaoli recentemente.

“O que mais vai atrapalhar o Flamengo é o estado do gramado, porque o time vai propor jogo. Tomara que o Maracanã seja a nossa casa, que o tempo possa fazer com que o time jogue aqui. Falei com a diretoria, com todo mundo, com falo aqui: a única coisa que não melhorou no Brasil desde que saí foi o gramado” salientou Sampaoli, em outra oportunidade.

Veja o estado do gramado do Maracanã no duelo entre Vasco e Atlético-MG pelo Brasileirão – Reprodução

Flu não se manifesta

O Fluminense, por sua vez, não se manifestou oficialmente sobre o caso após o jogo deste domingo. No entanto, utilizará o mesmo gramado na próxima quinta-feira, contra o Olímpia (PAR), às 21h30, pelas quartas de final da Copa Libertadores. Entretanto, a situação do campo é preocupante, ainda mais dias antes de uma partida tão decisiva para as pretensões do Tricolor no torneio continental.

As críticas também tomaram conta das redes sociais. Muitos torcedores ironizaram o estado do gramado e chegaram a chamar o Maracanã de “chiqueirinho”. Sendo assim, alguns botafoguenses brincaram, defenderam a grama sintética do Nilton Santos e se colocaram ao lado do Vasco na disputa judicial que vem sendo travada.

Entenda o caso

Com a interdição de São Januário pelo Ministério Público, a solução para o Gigante da Colina foi buscar uma liminar na Justiça para a utilização do Maracanã. No primeiro momento, Flamengo e Fluminense, clubes que administram o estádio, recusaram o pedido e alegaram justamente a preservação do gramado.

Na primeira instância, o Cruz-Maltino teve uma decisão favorável, porém o Rubro-Negro recorreu. Com isso, o Vasco ingressou com um agravo e também com um mandado de segurança e teve a resposta positiva 60 horas antes do confronto com o Atlético-MG, pela 20ª rodada do Brasileirão.

“O Maracanã é muito mais que propriedade pública, no caso cedida, temporariamente, a dois grandes clubes de futebol. É imóvel de propriedade social, não só o povo carioca, mas de todos os brasileiros, aficionados ou não do futebol. Está no imaginário social, assim como o Wembley, Centenário e outros estádios que transcendem o simples aspecto futebolístico”, trecho da decisão final do desembargador Nagib Slaib Filho.

Vale lembrar que o Vasco já procurou a Justiça em outras oportunidades, obteve vitórias e conseguiu atuar no Maracanã. No ano passado, o clube também acionou medidas legais para enfrentar o Sport no estádio, pela disputa da Série B. Já nesta temporada, fez o mesmo para o jogo contra o Palmeiras, já pelo Brasileirão atual. No momento, São Januário foi interditado pelo Ministério Público desde 23 de junho por causa de uma confusão generalizada no revés para o Goiás.

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