O primeiro grupo de jogadores que receberam punição após investigações da operação Penalidade Máxima já pode voltar a atuar. Estes futebolistas já respeitaram o tempo de suspensão de 360 dias. O último atleta a completar o cumprimento de sanção foi o atacante Alef Manga, do Coritiba. Sete atletas foram acusados de interferir no mercado de apostas.
Assim, após cumprir a punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), seis dos sete atletas considerados culpados têm vínculo vigente com algum clube. Tratam-se dos zagueiros Bauermann, com o Everton do Chile, Lomónaco, com o Independiente da Argentina, além dos laterais Cariús, com o Sport, e Sávio, com o Remo. O volante Garcia, com o Independiente Del Valle, do Equador, e o próprio Manga, com o Coritiba, completam a lista. O único jogador livre no mercado é o volante Neto, que atuava no Operário, no momento que o esquema de apostas tornou-se público.
Alguns jogadores punidos voltam a ter oportunidades no Brasil
Cariús já teve a experiência de retornar ao campo. A propósito, já são dez partidas desde o fim da suspensão. Ele, aliás, marcou um gol pelo Sport, em embate contra o Paysandu. Inclusive, foi um momento decisivo, já que garantiu a vitória por 1 a 0 de sua equipe e permitiu assumir a terceira posição na Série B.
Além disso, é o primeiro gol de Cariús desde o cumprimento da pena. Ele recebeu a punição, pois acenou positivamente pelo pagamento de R$ 30 mil para receber cartão amarelo, quando defendia o Cuiabá, de acordo com as averiguações e a operação Penalidade Máxima. O lateral-esquerdo foi considerado culpado, mesmo com a quantia sendo depositada na conta do primo de sua esposa. Aliás, o Leão da Praça da Bandeira decidiu não rescindir o vínculo no decorrer da punição. Cariús seguiu no grupo, mesmo sem condições de atuar.
Manga perto da volta aos gramados
A condenação de Manga ocorreu após ele ter planejado receber um cartão amarelo no embate contra o América-MG, na edição de 2022 da Série A. Próximo a voltar, o jogador não será uma opção útil de forma imediata. O próprio treinador do Coxa, Jorginho, garantiu este cenário ao criticar a atitude do atleta. A propósito, assegurou que teria primeiro de se desculpar aos companheiros do grupo pelo episódio.
“Manga precisa se desculpar pelo que aconteceu, porque isso é desvio de caráter. É muito sério. Você imagina: ele volta para o grupo. E o que os jogadores vão pensar? Eu já tive uma conversa muito séria com ele. O comportamento dele precisa ser exemplar. Não quero ver machucando ninguém, falando com ninguém. Não basta ser honesto. ele tem que demonstrar honestidade. É isso que quero do comportamento dele”, pontuou o atual comandante do Coritiba.
O atacante tentou adiantar o seu retorno aos gramados, com a extinção da pena do STJD. No entanto, o tribunal rejeitou o pedido em 28 de agosto. A solicitação pedia que se levasse em consideração a contagem dos dias de suspensão, principalmente pelo intervalo depois da punição, a partir da ida do jogador ao Pafos do Chipre e a definição da Fifa em aceitar que a sanção se tornasse internacional.
Pena internacional
Voltar a jogar no Brasil não foi um cenário possível para todos os atletas condenados depois da operação Penalidade Máxima. Em um primeiro momento, essa movimentação ocorreu na tentativa de fugir do cumprimento da sanção. Especialmente, antes da Fifa considerar a expansão da punição a nível mundial por um pedido da CBF.
A situação permitiu que alguns deles buscassem empréstimos ou transferências em definitivo. Como foi o caso do zagueiro Bauermann, que se transferiu para o Alanyaspor, da Turquia, porém, nem entrou em campo.
A respeito dos jogadores que receberam a sanção de 360 dias sem poder atuar (o zagueiro Lomónaco e o volante Neto), a ampliação da pena em caráter mundial foi em setembro do ano passado. A confirmação para os demais ocorreu no final de outubro também de 2023.
Bauermann concordou em participar do esquema, fato que fez também receber a condenação, apesar de não ter levado o amarelo que influenciaria na aposta. Atualmente, o zagueiro defende o Everton, de Viña del Mar, no Chile. Ele já entrou em campo em nove ocasiões. A propósito, na sua estreia foi titular e até marcou gol.
Outros condenados na Penalidade Máxima deixaram o Brasil
Já com relação ao lateral-esquerdo Sávio, ele ainda pertence ao Rio Ave, de Portugal. Ele retornou ao clube depois de atuar pelo Goiás, em 2022. O defensor estava no Esmeraldino quando ocorreu o caso de manipulação de resultados. No atual cenário, ele está emprestado ao Remo, da Série C. O jogador conseguiu um acordo com o Ministério Público de Goiás, assim como Lomónaco.
Por sinal, o defensor argentino chegou a jogar pelo Tigre, do seu país, antes da confirmação da internacionalização da sanção. Após a permissão para voltar a entrar em campo, chegou até a estar entre os convocados da seleção sub-23 da Argentina. Atualmente, ele está no Independiente, com dois gols em sete partidas.
Garcia, que estava no Athletico quando houve o episódio de manipulação de resultados, retornou ao clube que o formou. Trata-se do Independiente del Valle, do Equador. Depois de cumprir a pena, ele entrou em campo em três oportunidades, apenas uma como titular.
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