Árbitro da final da Champions se desculpa por participar de ato político

O árbitro polonês Szymon Marciniak, que vai apitar a final da Champions League, entre Manchester City e Inter de Milão, pediu desculpa nesta sexta-feira por participar de um ato político de extrema-direita. Após a repercussão negativa, alegou, porém, desconhecer a natureza ideológica do encontro.

“Quero me desculpar profundamente por me envolver neste caso ou por algum dano. Eu não sabia, no entanto, que era um movimento de extrema-direita. Se eu soubesse, recusaria o convite no mesmo instante”, desculpou-se o árbitro num comunicado oficial.

Diante da repercussão negativa do caso, Szymon Marciniak afirmou que a sua vida sempre se baseou em valores contrários à ideologia extremista. Ele expressou arrependimento e afirmou seu compromisso no combate à discriminação no futebol.

“É necessário compreender que valores (extremistas) deste movimento são contrários às minhas crenças pessoais e aos princípios que defendo na vida. Quero demonstrar arrependimento por qualquer percepção de alguma contradição”, disse ele, ressaltando que, de agora em diante, será mais vigilante ao examinar eventos para os quais for convidado.

CHAMPIONS AINDA DE PÉ

Szymon Marciniak recebeu o convite de Slawomir Mentzen, líder do partido Confederação, de extrema-direita, para fazer palestra num evento na Polônia. Mentzen, no entanto, é conhecido por lançar o slogan político “Somos contra judeus, gays, aborto, impostos e a União Europeia”.

Em 2021, Mentzen  ganhou manchetes internacionais como produtor de uma cerveja chamada “White IPA Matters”, que zombava do movimento Black Lives Matter. O movimento antirracista, entretanto, alegou que o evento não passou de um ato para o Confederação conquistar apoio político.

A Uefa, no entanto, afirmou reconhecer as desculpas e esclarecimentos de Szymon Marciniak e afirmou que ele segue na escala para a final da Liga dos Campeões.

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