Em entrevista ao “Portal FalaGalo”, Bernardo Farkasvölgyi, o arquiteto da Arena MRV, explicou pela primeira vez sobre as polêmicas e possíveis problemas de visibilidade da nova casa do Galo que foram amplamente noticiados após o Jogo das Lendas.

Simulações
Farkasvölgyi levou estudos feitos ainda na concepção do estádio sobre simulações das condições e explicou:
“Fizemos estudos das pessoas sentadas e em pé. Não há problema algum em pessoas assistirem aos jogos de pé, o que não pode é ficarem na área de circulação, coladas ao guarda-corpo, até porque, vai prejudicar os PCD’s. Nosso projeto foi no máximo permitido de inclinação e de inclusão. Temos o projeto mais acessível do Brasil.”
O arquiteto complementou:
“Se todos estiverem sentados ou em pé, desde que não parem pessoas na circulação, não há problemas de visibilidade. É proibido por lei, por causa de sinistro.”
Bernardo enfatizou que a barreira de pessoas sinalizadas em vermelho (fotos), quando coladas ao guarda-corpo, impedem mesmo a visão e que isso foi estudado para um estádio acessível no seu limite máximo de inclusão e inclinação no nível superior. Fosse diferente e teria que ter barreiras (grades) como as que existem no Independência”.

Pessoas em pé, mas sem barreira de pessoas no guarda-corpo – visibilidade garantida. Divulgação Escritório Farkasvölgyi
Imagem com pessoas em pé, mas com barreira de pessoas no guarda-corpo
Pessoas em frente ao local destinado aos PCD’s

Reeducação em parceria

Uma das soluções passa pela reeducação. Isso ocorrerá em conjunto – torcida se ajudando e a administração do estádio conscientizando que o local de circulação não pode ter gente estacionada, – mas que isso precisa ser tratado a várias mãos para que o atleticano ajude o atleticano.
“É uma questão cultural, é educação, e não é de um dia para o outro. O Atlético terá de trabalhar com seguranças na arquibancada superior para orientar os torcedores a não ficarem na frente daquele vidro. Afinal, há risco de sinistro, por ocuparem um espaço que é rota de fuga, e por atrapalharem a visão de quem está atrás.”
Outras soluções práticas passam pela comunicação visual, tempo para ir aprimorando os eventos e a sinalização para não permitir a obstrução dos espaços.
Por fim, Bernardo, garantiu que o estádio não tem ponto cego.
“Haverá dificuldades de visibilidade se as pessoas ficarem onde não está projetado para estarem. Em função da inclinação da arquibancada, colocamos um guarda-corpo de vidro caríssimo, transparente e super seguro, salvo engano, esse vidro foi trabalhado para receber um impacto de duas toneladas. Em pé ou sentados, se estiverem no lugar adequado, todos assistirão ao jogo com ampla visibilidade. Não há ponto cego.”

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