O Flamengo, ao que parece, não desistiu definitivamente do Brasileiro, pois derrotou o Atlético Mineiro por 2 a 1, em Belo Horizonte, de virada, graças ao talento privilegiado de Arrascaeta, relegado inutilmente ao banco por um tempo da partida por Jorge Sampaoli. O uruguaio, com uma perna só, talvez sem ambas, joga mais que todos;  Já pode figurar hoje entre os grandes craques da história rubro-negra. A propósito, há poucos momentos de prazer na vida além de ver o rosto de Luiz Felipe Scolari, o 7 a 1, derrotado.

Flamengo e Atlético fizeram jogo equilibrado na primeira meia hora, criando inclusive duas oportunidades cada, sem aproveitá-las. Isso, na realidade levou prejuízo ao visitante, que caso fica em vantagem poderia obrigar o adversário a sair sem muito critério. Vale destacar que Saravia cometeu falta violenta e desnecessária, na intermediária, sobre Bruno Henrique. Se ocorresse na etapa derradeira teria provocado a sua óbvia expulsão. Era para tal. Mas é fato que aos 32 minutos, o mesmo Saravia lançou para Paulinho, que invadiu a área e bateu à direita: 1 a 0. Depois que Paulinho também atingiu Bruno Henrique. Vida que segue. O Flamengo passou a errar com freqüência, e a encontrar maiores problemas para articular seu jogo. Até porque a pressão do Atlético, empolgado, tornou a tarefa mais difícil. Mas é certo que o time carioca, sem Arrascaeta, relegado ao descanso por Jorge Sampaoli, não tem a mesma eficiência.

Arrascaeta comanda uma vitória que parecia improvável para o Flamengo   – Foto: by Pedro Vilela/Getty Images

Arrascaeta  comandam a vitória do Flamengo

E eis que o Rubro-Negro retornou para o segundo tempo com o craque uruguaio, que atingiu Battaglia logo no começo, correndo o risco de receber o vermelho. Mas vamos combinar que é complicado manter Allan e Vitor Hugo no meio, tal a vagarosidade e carência de objetividade da dupla. Logo, até pelas circunstâncias, o Atlético passou a mandar na partida, enquanto o Andarilho de Rosário caminhava sem destino, a exemplo do time, que não já conseguia criar algo de positivo. O segundo gol da equipe local começou efetivamente a amadurecer. O curioso é que na única vez que o Flamengo ameaçou até ali – ao longo da tormenta – ocorreram situações inusitadas: Vitor Hugo, sim, ele, deixou Bruno Henrique livre, e o atacante chutou em cima do goleiro. Como punição, Sampaoli sacou os dois, lançando Luiz Araújo e Éverton Cebolinha.

E, no entanto, como o time alvinegro não liquidava a questão, desperdiçando ataques em penca, Jemerson derrubou Arrascaeta aos 35, na entrada da área, e o gringo mandou a pancada, empatando o jogo que parecia perdido: 1 a 1. Cá entre nós, gol, ali, e naquela situação, foi surpreendente. E se foi assim, virar o placar então foi quase inacreditável, porém real, pois aos 43, ele, o uruguaio, pôs Wesley na cara de Everson, e bastou ao lateral encobrir o goleiro enfiar 2 a 1. O Atlético, então no desespero, fez mudanças para ganhar aspecto definitivamente ofensivo, o que de nada adiantou. Scolari, o 1 a 7, ou seria 7 a 1?, que o diga.

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