Os salários de jogadores da NBA passam por uma constante evolução. Afinal, a liga começou suas atividades ainda nos anos 50. Então, é apenas natural que atletas recebam cada vez mais, especialmente após ela ficar “globalizada”.
Para ter uma ideia, até os anos 60, raramente alguém recebia salários tão altos na NBA. Mas isso tudo começou com a revolução que Bill Russell e Wilt Chamberlain causaram. Enquanto Russell foi 11 vezes campeão, Chamberlain estabeleceu recordes que só nas últimas décadas começaram a ser quebrados. No entanto, ele ainda é o dono de marcas consideradas impossíveis de serem ultrapassadas, como 100 pontos em apenas uma partida.
Então, em 1965/66, os dois passaram a receber US$100 mil por temporada. Com toda correção e evolução pela inflação, os salários dos melhores jogadores da NBA na época, seria algo em torno de US$973 mil nos dias de hoje. Ou seja, bem longe dos ganhos atuais.
Mas a situação começou a mudar mesmo depois dos anos 70. Apesar de ser uma década pouco lembrada nos livros, alguns jogadores começaram a ganhar grandes salários. Foi o caso de Ernie DiGregorio, em 1973/74. Ele passou a receber em torno de US$500 mil anuais, o que seria cerca de US$3.2 milhões hoje.
O primeiro milhão
Apesar de estarmos falando de quase 50 anos atrás, o primeiro milhão em salários para jogadores da NBA só aconteceu por conta da evolução do jogo. Então, Bill Walton e Moses Malone, em 1979/80, tornaram-se os dois primeiros a receberem tais valores.
Embora Walton, MVP em 1977/78, tenha sofrido lesões graves o suficiente para arruinarem o resto de sua carreira, ele recebeu um contrato de US$7 milhões por sete temporadas. O então San Diego Clippers deu a ele o maior salário naquele período. Mas, de novo, foram apenas 169 jogos em cerca de seis anos.
Por outro lado, Malone teve uma grande carreira na NBA. Com o reajuste da inflação, aquele milhão valeria em torno de US$3.8 milhões nos dias atuais.
Múltiplos milhões
Quem começou a mudar os salários na NBA foi Patrick Ewing, então no New York Knicks. Ele foi o primeiro jogador a receber US$3 milhões em um ano. Afinal, em 1985, ele assinou um contrato de US$31 milhões por dez temporadas. Hoje, o astro que atuou no Dream Team de Barcelona-92, receberia cerca de US$8.2 milhões com correções.
Larry Bird e Magic Johnson
Até os anos 70, o basquete da NBA era pouco visto até mesmo nos EUA. Perdia para o futebol americano, beisebol e basquete universitário. Mas foi justamente por conta deste último que a liga mudou.
Com a rivalidade de Larry Bird e Magic Johnson no basquete de faculdades, eles levaram o público para a NBA. E foi um verdadeiro sucesso.
Então, já em seu final de carreira, Bird estava recebendo cerca de US$7 milhões. Apesar de ser seu último ano na liga, o campeão com o Boston Celtics e um dos principais jogadores do Dream Team original, receberia US$16.3 milhões com reajustes.
Enquanto isso, Magic precisou encerrar a carreira por conta do vírus HIV. Mas em 1994/95, ele voltou recebendo US$14 milhões com o Los Angeles Lakers. Hoje, seria cerca de US$30.2 milhões.
Michael Jordan
Mas Michael Jordan mudou tudo. Ele atingiu salários de US$30 milhões no Chicago Bulls, enquanto a NBA acompanhava sua evolução. Afinal, Jordan já era campeão várias vezes e havia levado o Bulls ao recorde de vitórias em uma só temporada (até então), com 72 triunfos em 82 jogos.
Hoje, seria em torno de US$59.2 milhões.
Stephen Curry
Sim, Stephen Curry brilhou na era de LeBron James. Não só com os títulos (ambos possuem quatro), mas em salários na NBA. Em 2017/18, por exemplo, ele atingiu a marca de US$34 milhões após assinar uma extensão de cinco anos (US$201 milhões no total). Com a inflação, o valor chegaria aos US$43.5 milhões hoje.
Mas em 2019/20, ele foi o primeiro a superar os US$40 milhões. Agora, um detalhe. Com uma lesão logo no quarto jogo daquela temporada, Curry ficou fora do resto do ano. Então, em um total de 139 minutos, ele recebeu o equivalente a US$289 mil por minuto.
Por fim, na atual temporada, Curry chegou aos US$55 milhões. Mas seu contrato, que ainda terá mais dois anos, prevê US$59.6 milhões em 2025/26 e US$62.6 milhões em 2026/27.