Felipe David Rocha

As duas faces da moeda

Leila Pereira assumiu a presidência do Palmeiras em uma realidade que mais parecia um sonho. A equipe havia acabado de conquistar o tricampeonato da Libertadores. Diferentemente dos rivais Flamengo e Atlético, superados na competição continental, manteve o técnico para 2022. Nas categorias de base, a valorização de uma safra repleta de bons jogadores. Fora de campo, as contas do clube devidamente arrumadas.

Nova presidente já foi apelidada de ‘Leiga Pereira’ nas redes sociais por torcedores palmeirenses  – Arquivo Pessoal

Sua gestão iniciou há pouco mais de um mês e, mesmo sem o time profissional jogar em 2022, o clube vive uma pressão injustificada de parcela considerável da torcida a exemplo de outros dirigentes alviverdes por uma contratação de impacto para o comando do ataque.

Postura que em nada favorece o ambiente de um elenco que precisa estar saudável em vista à proximidade da viagem para o Mundial de Clubes. A diretoria, por sua vez, reconhece a necessidade de buscar um camisa 9, mas também entende que deve aproveitar a oportunidade ideal para dar o tiro certeiro.

Na visão dos críticos, não basta um nome. É preciso que o reforço seja famoso e custe um alto valor para esbanjar diante dos principais rivais. O entendimento de que a grife é premissa básica para trazer o artilheiro se tornou um adversário inesperado em um momento deveras inoportuno.

Longe de descartar nomes para a posição, o Verdão conta com Deyverson – herói da conquista continental -, contratou Rafael Navarro e pode utilizar Rony de referência.

Enquanto isso, o Palmeiras segue no mercado da bola. E sem fronteiras.

Fez proposta por Lucas Alario ao Bayer Leverkusen, que a rejeitou. O New York City recusou oferta por Castellanos, realidade enfrentada novamente frente ao Internacional na tentativa por Yuri Alberto.

É falacioso afirmar que o Verdão desmerece contratações de peso. Mas uma realidade não pode passar despercebida. A presidente deixou claro que, em sua gestão, o clube seria administrado como uma empresa. Então, não há o que se falar em dinheiro do próprio bolso da mandatária ou então de mecenas que contratam a rodo para o clube – exemplo do Atlético-MG na temporada passada.

Quem antes pensava que Leila Pereira gastaria sem pudor, hoje se debruça com a realidade de que a investidora que outrora priorizava a valorização de sua empresa, agora deu voz à prudência de quem se tornou a presidente do Palmeiras.

Nestes últimos anos, o clube viveu sua fase mais vitoriosa sem ter precisado cometer loucuras financeiras para alcançar sucesso dentro das quatro linhas.

*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10.

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Felipe David

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