Felipe David Rocha

A estreia de Nenê e do Dinizismo no Vasco

Nenê reestreou pelo Vasco mostrando características perpetuadas desde sua primeira passagem pelo clube. A elegância no domínio e corte preciso seguido da falta do marcador. A exibição de uma categoria que tanto fez falta ao Cruz-Maltino na atual temporada.

Nenê chamou a responsabilidade em sua reestreia pelo Vasco – Rafael Ribeiro / Vasco

Durante os 76 minutos em que esteve no campo do Rei Pelé, fez de tudo um pouco. Movimentou-se constantemente, apresentou-se para receber os passes, iniciativa na maioria das ações ofensivas da equipe, posicionamento inteligente e a qualidade habitual com a bola rolando e nas jogadas de bola parada. Seja na cobrança de falta ou no escanteio que originou o gol de Cano.

Sim, Nenê deu nova estampa ao combalido meio de campo vascaíno, tão refém de criação em 2021. Fora isso, cumpriu com elogiável disposição a marcação alta com pressão exigida por Fernando Diniz, outro estreante da noite, que aprovou a atuação da equipe e do veterano meia, mesmo com a vitória escapando nos acréscimos.

Os números comprovaram a boa estreia. Enquanto teve fôlego, Nenê foi quem mais sofreu faltas (4), desarmou (3) e deu dribles (2), segundo dados do FootStats. Foi também o jogador que mais teve a posse de bola (2 minutos e 45 segundos), além de duas finalizações e outras duas assistências para arremates.

Aos 40 anos e com apenas um treino, Nenê prova que pode ser o homem de criação que o clube tanto procurava. Mesmo que não seja por 90 minutos.

O problema é que falta tempo para Vasco. E para Diniz implementar sua metodologia. Antes disso, é crucial corrigir as falhas. Por mais que as dificuldades no jogo aéreo defensivo persistam, têm sido rotineiras as bolas perdidas que resultam em gols sofridos. Desta vez coube a Bruno Gomes ser o vilão. Quem será o próximo?

Em meio aos erros bobos, Fernando Diniz teve uma estreia aprovada. Finalmente o Vasco jogou como um time grande e foi superior ao adversário, integrante do G4. A marcação alta funcionou, e a proposta de aproximação, diferentemente do que vinha sendo proposto por Marcelo Cabo e Lisca agradou, apesar de precisar de alguns ajustes.

Resta saber se haverá tempo. O Vasco precisa vencer, no mínimo, nove dos 14 jogos que faltam. Isso se fizer uma campanha invicta com Diniz. Caso contrário, serão necessários dez triunfos e dois empates para ter chances de sonhar com a elite. Para um time que não figurou uma rodada sequer na zona de acesso, a realidade exige um aproveitamento nada provável nesta reta final da Série B.

Felipe David

Posts Recentes

Metz x PSG: onde assistir, escalações e arbitragem

Em partida válida pela 34ª e última rodada do Campeonato Francês de 2023/2024, o campeão…

19 de maio de 2024

Sport tem dois expulsos e cede virada ao Avaí nos acréscimos

O Sport foi valente, lutou e resistiu até quase o fim da partida. Contudo, com…

18 de maio de 2024

Conheça membros da equipe de Álvaro Pacheco no Vasco

Álvaro Pacheco está prestes a se juntar ao Vasco. Com o pré-contrato já assinado, o…

18 de maio de 2024

Grêmio retoma treinamentos, em São Paulo, com novidades

O Grêmio teve novidades no segundo dia de treinamentos em São Paulo, após o clube…

18 de maio de 2024

Com adiamentos, São Paulo atravessa série jogos seguidos na capital

Com o adiamento de duas rodadas do Brasileirão, o calendário do Tricolor reservou uma série…

18 de maio de 2024

Palmeiras faz 8 a 0 no Flamengo… Só que de SP, pelo Paulista Sub-20

Um 8 a 0 em uma partida entre Palmeiras e Flamengo é algo inédito. E,…

18 de maio de 2024

Este site usa Cookies para melhorar a experiência do Usuário!