A propósito, o sujeito que não dá muita importância ao futebol, mas que se vê inclinado a tomar conhecimento do evento porque é Copa, vai preferir até, na manhã desta segunda-feira (28/11), tomar o caminho rotineiro do trabalho, caso consulte a tabela, e se por acaso ganhou um feriado por causa da partida do Brasil contra a Suíça. Sim às sete, no jogo do mau hálito, há Camarões x Sérvia, e às 10h, quando a fome começa levemente a dar aviso, Coreia do Sul x Gana, uma sopa que mistura ex-iugoslavos, africanos e asiáticos, e que poder servida fria e sem gosto, pois prometem, na teoria, mais zeros no placar.
Mas quem acompanha o cotidiano do futebol – e põe gente nisso – faz uma projeção mais otimista. Pois sabe que Camarões e Sérvia jogam a vida no torneio, e precisam atuar ofensivamente, pois restará, a quem perder, apenas aguardar 2026. Quatro longos anos. Os amantes da bola também têm conhecimento que a situação de Coreia do Sul e Gana, que brigarão no Education City, é situação parecida.
Curiosamente, nenhum dos quatro jogou exatamente mal em suas estréias, embora seja fato que não conseguiram ganhar, o que não lhes dá nenhuma tranqüilidade. Sim os quatro, inclusive a Sérvia, que tem um elenco com alguma qualidade e obteve bons resultados nas Eliminatórias. O problema é que a seleção da pátria de Petkovic possui um treinador questionável, cuja estratégia diante do Brasil foi absolutamente equivocada, como exibiu o jogo: medrosa e inoportuna, própria de alguém que não dormiu na cocheira do cavalo favorito, e apostou no animal, sem saber que ele passara mal ao longo da noite. O que a Sérvia tinha de melhor não foi utilizado em momento algum da partida.
Portugal x Uruguai, jogão na Copa
Portugal e Uruguai completam o programa da segunda-feira, às 16h (antes, às 13h tem o jogo do Brasil). Os lusos fizeram o suficiente para derrotar Gana. E o Uruguai tem um técnico que reza na cartilha de Dragan Stojkovic. Trata-se de Diego Alonso, o homem que deixou Arrascaeta, De La Cruz e Cavani no banco. A incompetência do elemento quase deixou a Celeste fora da Copa. A seleção que um dia foi bicampeã mundial só garantiu vaga no Catar porque enfrentou adversários e treinadores piores. Se Alonso repetir a dose vai cair diante da habilidade de dois ou três craques portugueses, e de Cristiano Ronaldo, um fenômeno do futebol que ainda é capaz de se aproveitar dos vacilos dos adversários.
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