Paula Dapena, atleta do Viajes Interrías FF, se recusou a respeitar um minuto de silêncio em memória de Maradona num jogo contra o Deportivo La Coruña. Ela se sentou e ficou de costas quando as equipes estavam alinhadas antes do apito inicial. Ela explicou que não participou da homenagem ao ídolo argentino pois ele seria um “violador, pedófilo e abusador”. Porém, logo depois do “protesto”, suas redes sociais e de outras jogadoras foram alvo de mensagens ofensivas e ameaças.

“Não fui só eu vítima de assédio nas redes sociais mas também as minhas companheiras de equipe. Em suas contas públicas começaram a receber mensagens. Para mim chegaram a dizer: ‘Vou descobrir onde você mora, vou na sua casa e te parto as pernas’. Na realidade, estou um pouco saturada. Entre redes sociais entrevistas… É horrível”, conta ao “AS”.

Paula Dapena, jogadora do Viajes Interrías FF, da Espanha, se recusou a prestar homenagem a Maradona – Reprodução

“Primeiro julguei que ia ficar entre os meus seguidores, depois quando a notícia saiu no Pontevedra Viva, porque a minha irmã trabalha lá, acreditei que não iria muito além da província de Pontevedra mas de repente começaram a sair notícias por todo o lado”, diz Paula Dapena, que não sabe o que fazer do ponto de vista legal com relação a tantas ameaças.

A princípio, ela já denunciou os autores nas redes sociais para que as respectivas contas sejam eliminadas.

Acusações de violência e abuso sexual em cima de Maradona

Maradona foi acusado em 2014 de agredir a então namorada Rocio Oliva. Em um vídeo, o jogador aparece brigando com ela, tentando tomar seu celular durante uma discussão. Rocio preferiu não dar queixa à polícia.

Posteriormente, em 2017, durante uma Copa das Confederações, na Rússia, a jornalista Ekaterina Nadolskaya acusou o ex-jogador de abuso sexual. O caso não foi investigado pelas autoridades russas.

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