Os jogadores do Atlético Mineiro foram alvo de racismo na Venezuela, antes do jogo diante do Carabobo, pela Copa Libertadores. A equipe foi recebida no Estádio Olímpico da Universidade de Caracas sob gritos de ‘macaco’ da parte de torcedores venezuelanos, ainda não identificados. O clube divulgou um vídeo em suas redes sociais comprovando a denúncia.

Torcedores venezuelanos chamaram jogadores do Atlético de ‘macacos’ – Reprodução/Twitter

Os atos racistas aconteceram quando o elenco do Galo descia do ônibus para entrar no estádio. Pouco mais de uma dezena de torcedores venezuelanos, do Carabobo, observavam do alto do que parecia ser um viaduto. Assim, passaram a hostilizar os jogadores, com gritos de “filhos da p., macacos”. Embora membros da delegação tenham decidido filmar os agressores, eles não fizeram questão de se esconder ou até interromper as ofensas.

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Quando a bola rolou, o Atlético ficou no 0 a o com o Carabobo. Mas, após o jogo, o tema esteve presente na entrevista coletiva. O zagueiro Jemerson lamentou os atos, embora tenha afirmado não ter ouvido as ofensas:

“Não vi, mas ouvi relatos. É uma coisa que tem acontecido repetidamente. Acho bom que as autoridades tomem providências, porque senão vamos ficar falando aqui, sabe-se lá até quando. Não é de hoje que isso acontece, já tem anos. Até quando iremos esperar? Mas sabemos que o Atlético está tomando providências e vamos esperar”.

Atlético se pronuncia oficialmente após ato racista

O Atlético Mineiro, de fato, não deixou de se pronunciar. Em nota oficial, o clube garantiu estar trabalhando para identificar os racistas, além de lamentar o acontecimento em um jogo de Copa Libertadores.

“O Clube Atlético Mineiro repudia veementemente as ofensas racistas e xenofóbicas dirigidas à nossa delegação durante a chegada do time ao estádio Olímpico de Caracas. O Clube informa que o diretor de futebol Rodrigo Caetano já registrou reclamação junto ao delegado da partida, senhor Oscar Astudillo, e lamenta que essas cenas maculem o maior torneio da América Latina”, diz a nota.

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