O Atlético-MG é a mais nova Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do futebol brasileiro. Nesta quinta-feira (20), o Conselho Deliberativo do clube aprovou a mudança no modelo do clube e autorizou a venda de 75% da sociedade por R$ 913 milhões. A empresa a comprar as ações é a Galo Holding, liderada pela família Menin, dona da construtora MRV, patrocinador máster do clube.
Além de Rubens e Rafael Menin, a Galo Holding também tem como seus sócios Ricardo Guimarães e Renato Salvador. Eles são conhecidos como ‘os quatro R’s’ e terão o comando de três quartos das ações atleticanas. A parte restante segue sob comando da ala associativa do clube. O grupo propôs um investimento de R$ 600 milhões, e amortizar os R$ 313 milhões que o clube deve à própria família Menin.
Assim, as instalações do Atlético-MG (Arena MRV e Cidade do Galo) são automaticamente transferidos para a administração da SAF. Eles, no entanto, terão um quarto de sua propriedade ainda pertencendo à associação, que segue gerindo outras sedes e locais sociais do clube. A nova diretoria executiva pretende pagar os R$ 600 milhões prometidos, à vista, em outubro.
Mas a aprovação do novo modelo de SAF para o Atlético teve suas discordâncias. Na quarta-feira, um protesto aconteceu em frente à sede do clube, por parte de torcedores, pedindo transparência nas transações e no processo de transição. Sócios também pediram, na Justiça, que a reunião do Conselho fosse suspensa, o que não aconteceu.
Dívida bilionária ficará sob responsabilidade da SAF
Mas, ao contrário do que tem acontecido com clubes como o Botafogo, o Atlético-MG terá primeiro este aporte financeiro mais para pagar grandes dívidas do que para montar elencos estelares. Afinal, o clube tem uma dívida bilionária, na casa de R$ 1,8 bilhão. A própria Galo Holding emitiu um documento aos sócios, em que afirma que o aporte de R$ 600 milhões servirá para pagar estas dívidas.
A negociação também prevê que, além dos investimentos, a SAF será responsável por honrar as obrigações financeiras do clube. Os próprios dirigentes do clube consideraram que a adoção de um modelo empresarial, em vez do associativo, era a única saída para que o clube pudesse se ver menos apertado em termos de dinheiro.
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