Nem mesmo a liderança alcançada no Brasileirão, ainda que provisória, foi capaz de impedir reclamações do Atlético, que venceu por 1 a 0 o Botafogo na noite deste domingo (17), no Rio de Janeiro. Os mineiros desaprovaram a atuação da arbitragem, que anulou um gol após Raphael Claus ir ao VAR, ignorar pênalti sobre Ademir e apontar impedimento de Keno. Após o jogo, Rodrigo Caetano reclamou acintosamente.

O diretor de futebol do clube criticou a comissão de arbitragem, liderada pelo ex-árbitro Wilson Seneme, por não ter liberado o áudio do VAR de outros jogos do Galo na temporada. Ele também falou em “morosidade” do órgão, que reconheceu falha do árbitro de vídeo no clássico entre Palmeiras e São Paulo, na última quinta, pela Copa do Brasil.

Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético – Pedro Souza/Atlético

“Fazemos o rito como é exigido no regulamento. Só não dá para ser velocidade para uns, morosidade para o Galo. Tem acontecido as solicitações do Galo e de outros clubes. Desde o jogo contra o Avaí que pedimos o áudio (do VAR), e não tivemos nem resposta. Nos causa estranheza, nos deixa chateados por termos dois pesos e duas medidas. Segundo a comissão de arbitragem, teve erro no jogo entre São Paulo e Palmeiras. Na mesma noite, houve a divulgação do áudio do VAR e o afastamento dos árbitros do VAR”, afirmou.

Rodrigo Caetano citou, ainda, outros episódios aos quais o Atlético se viu prejudicado a fim de corroborar para o desapontamento do clube contra a arbitragem. Entre eles, o jogo diante do mesmo São Paulo, em que Anderson Daronco não assinalou pênaltis a favor do Galo e sequer se dirigiu ao monitor.

“Nós, até hoje… Se levantou a suspensão da questão Hulk x Daronco. É simples: só divulgar o áudio e saberíamos o que realmente aconteceu. E, por último, pedimos… Ninguém discute a validade do gol do Flamengo. Só queríamos saber o que foi falado, quem confirmou o gol, porque não foi o VAR. Está tudo certo, só queremos igualdade. Vamos lutar por essa isonomia”, continuou.

Na última quarta-feira, mesmo dia em que foi eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil, o Atlético entregou à CBF um dossiê com lances aos quais se viu prejudicado.

“Se houver interpretação que o Atlético só reclama, não nos importa. Não irão nos calar por meio dessa pressão. Chance zero. Toda vez que o Atlético se sentir prejudicado, e principalmente, determinados clubes tiverem suas reclamações atendidas pela comissão de arbitragem, e nós não, iremos falar. Se de repente tivermos que passar uma semana na CBF para ser atendido, iremos mudar, não tem problema não”, encerrou Rodrigo Caetano.

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook.

Comentários