A delegação do Boca Juniors tinha seu voo de volta para Buenos Aires previsto para a meia-noite desta quarta-feira (21). Tinha. Após as cenas de vandalismo promovidas pelos argentinos após a eliminação na Libertadores para o Atlético-MG, no Mineirão, a Polícia Militar analisou as câmeras de seguranças e identificou oito pessoas que se envolveram em atos de violência e de depredação ao patrimônio e encaminhou toda a delegação do Boca Juniors para a delegacia.

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Veja o vídeo da agressão promovida por jogadores do Boca aos seguranças do Mineirão: 

Os identificados pela polícia de Minas Gerais são o goleiro Garcia, os zagueiros Zambrano e Izquierdoz, o lateral Rojo, o atacante Villa, o preparador de goleiros Fernando Gayoso, o auxiliar técnico Leandro Somoza e Raul Cascin, que se apresentou apenas como dirigente do clube. Um funcionário do corpo diplomático do consulado argentino em Belo Horizonte acompanhou a ida à delegacia.

 

Os identificados podem ser autuados por desacato à autoridade, lesão corporal e dano ao patrimônio, mas não serão detidos. O delegado da Conmebol responsável pelo jogo foi agredido pelos argentinos e prestou depoimento como testemunha.

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A confusão começou logo depois do jogo. Revoltados com a arbitragem e com a eliminação na Libertadores após a derrota pelo Atlético Mineiro nos pênaltis (3 a 1, depois de empate em 0 a 0 no tempo normal), os argentinos partiram para a violência na saída do gramado. Primeiro, bateram boca com o átbitro uruguaio Esteban Ostojich por causa de um gol anulado pelo VAR. Depois, começaram a quebrar as grades de proteção da zona mista e também na entrada do vestiário do árbitro, além de agredir seguranças e destruir pelo menos um bebedouro.

Em uma rede social, o perfil oficial do Atlético Mineiro apresentou sua versão dos fatos:

“Após o jogo, os atletas do Boca desceram o túnel e foram para o vestiário dos visitantes. Poucos minutos depois, jogadores e comissão técnica da equipe argentina saíram do local e, em bloco, partiram em direção ao vestiário dos árbitros.

Seguranças do Galo e Mineirão tentaram, sem sucesso, contê-los.

Os argentinos decidiram, então, invadir o vestiário do Galo, onde estavam jogadores, comissão e diretoria. Até o presidente Sérgio Coelho tentou impedir a invasão para proteger os profissionais do Atlético.

No caminho, atacaram todos que encontraram pela frente, além de quebrar bebedouros e grades de proteção.

A PM chegou depois de algum tempo e afastou os agressores com gás de pimenta.

O saldo foi de pessoas feridas, felizmente sem maior gravidade. Houve, inclusive, uma tentativa de agressão ao diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, com uma barra de ferro.

A PM deu voz de prisão a alguns jogadores e membros da comissão técnica do Boca.

Depois de longa negociação, intermediada pelo presidente Sérgio Coelho, a delegação argentina foi à delegacia para registro de boletim de ocorrência por depredação de patrimônio e agressão. Ninguém será detido.”

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