Afastado do cargo por 30 dias por conta de denúncias de assédio moral/sexual contra uma funcionária, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, costumava tratar os prestadores de serviço da entidade de forma ríspida e acima do tom, com direito a palavrões, conforme indicam áudios revelados pela “Espn” nesta quarta-feira (9).

Em conversa na sala de Caboclo, assessores da CBF se dirigem ao presidente a respeito de um “media day” (dia de entrevistas e orientações à imprensa) sobre a utilização do VAR na Copa do Brasil de 2018.

“Treina esses filhos da p***”, afirma Caboclo, ao tomar conhecimento das presenças de Sergio Corrêa (responsável pelo VAR, na ocasião), Manoel Serapião (instrutor) e Coronel Marinho (o então diretor de arbitragem).

Caboclo é investigado no Comitê de Ética da CBF – Mauro Pimentel/AFP

 

Nem o presidente da Fifa, Giannni Infantino, escapa da verborragia do mandachuva da CBF. Minutos depois, Caboclo interrompe um assessor que o informa sobre o trabalho de comunicação da entidade máxima do futebol com a tecnologia.

“Isso é um filho da p***. Mas ele (Infantino) é bom por isso”.

Segundo a reportagem, tom mais ameno somente com o ex-presidente da CBF Marco Polo Del Nero, a quem Caboclo se referia como “presi”. Banido pela Fifa, impedido de sair do Brasil e procurado pela Interpol, Del Nero é antecessor do atual mandatário e seu padrinho político.

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