Autópsia complementar aumenta a polêmica sobre a morte de Maradona

Foi divulgado na noite desta terça-feira, em Buenos Aires, o resultado da perícia complementar da autópsia de Maradona, que morreu em 25/11, aos 60 anos. Nele foi informado quais as substâncias que o astro usou nos dias anteriores à sua morte. O documento constata que o Pibe  não usou qualquer droga ilícita nem álcool. Mas também mostrou que não foi prescrito para ele nenhum remédio para cuidar da cardiopatia, apenas remédios contra ansiedade e depressão.

Este resultado foi considerado estranho e tudo indica que haverá abertura de investigação. Afinal, na autópsia preliminar, divulgada um dia após a morte de Maradona, havia a indicação de “insuficiência cardíaca aguda em um paciente com cardiomiopatia dilatada”. O laudo foi confirmado em um segundo exame, em 2/12.  Maradona não ter sido medicado corretamente pode ter acelerado o processo de deterioração física que o levou à morte.

“É  importante o que apareceu  e o que  não apareceu nessas análises de laboratório. À primeira vista, confirmam que davam psicofármacos para Maradona, mas nenhum medicamento para combater sua cardiopatia, que era conhecida pelos médicos” disse um dos profissionais que participaram na autopsia para a imprensa argentina.

Filha de Maradona desabafa

Gianinna Maradona, filha do craque, horas antes da divulgação dos resultados,  havia colocado e suas redes sociais uma mensagem que indicava que ela estava aliviada com o resultado e revoltada com as pessoas que achavam que seu pai morrera de overdose. Ela também acusou os médicos, principalmente  Leopoldo Luque (médico pessoal do ex-jogador) de não cuidarem corretamente do pai:

“Todos os filhos da p… esperando a autópsia do meu pai com a confirmação de que ele usou drogas, maconha e álcool. Não sou médica e vi ele muito inchado, com uma voz robótica que não era a voz dele. Eu reclamava e  era considerada uma louca.”