Quando Pelé morreu, há quase três semanas, muitos lembraram-se do famoso gol do Rei que nunca houve, o do meio-campo, na Copa do Mundo de 1970. O ‘gol que Pelé tentou e não fez’, como ele mesmo já chamou, foi tentado pelo próprio muitas vezes, mas feito pelos outros. Pois, neste domingo (15), o primeiro gol desta natureza no futebol brasileiro desde o falecimento do maior de todos os tempos foi de Higor Leite.

Aos 29 anos, o meio-campista do Audax marcou um golaço na vitória sobre o Botafogo, pelo Campeonato Carioca, por 1 a 0. Aos 14 minutos do primeiro tempo, ele aproveitou um passe errado do Alvinegro e decidiu chutar de primeira, pouco à frente da linha de meio-campo. O goleiro Igo Gabriel estava adiantado e Higor não teve dúvidas em mandar a bola por cima dele, abrindo o placar em grande estilo.

Higor Leite fez golaço ‘que Pelé tentou e não fez’ em Botafogo x Audax – Arthur Barreto/Audax

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“Eu time uma percepção muito boa ali. Porque me antecipei ao volante deles e notei que o goleiro estava adiantado. Graças a Deus, acertei um chute maravilhoso. Foi meu primeiro gol do meio-campo, o primeiro de muitos que ainda virão, se Deus quiser”, afirmou Higor, após o jogo.

De fato, mais que o golaço em si, o resultado foi histórico para o Audax. Afinal, foi a primeira vitória do time em Cariocas sobre o Botafogo, em quatro confrontos. Um resultado que colocar a equipe de Angra dos Reis em posição de surpreender, mesmo após a derrota na estreia para o Flamengo.

Primo de Kaká e revelado em Xerém

Mas Higor Leite é mais que o autor do gol da vitória histórica do Audax. A história do jogador é bem mais comprida: nascido em 1993, ele é primo de Kaká, o melhor jogador do mundo em 2008 e que fez história por São Paulo, Milan e Real Madrid. Mas a origem do meia é no Rio de Janeiro, de fato. Ele começou sua carreira no Fluminense.

Ao ganhar suas primeiras oportunidades entre os profissionais do Flu em 2012, fez parte do time campeão carioca na ocasião. Mas, daí em diante, pouco jogou pelo Tricolor e rodou por diversas equipes. Passou por Avaí, Criciúma e Goiás, embora tenha voltado ao Rio pouco depois para defender o Volta Redonda. Mais recentemente, passou dois anos na Armênia, até voltar ao Brasil e vestir a camisa do Audax.

“Fizemos uma partida muito boa. Ficamos fechadinhos ali atrás, procurando os contra-ataques. Poderíamos até ter saído com uma vitória mais elástica. Ficamos um pouco mais com a bola nesse jogo e esperamos fazer o mesmo contra o Vasco”, afirma Higor, já projetando o duelo da próxima quinta-feira.

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