Uma revelação feita pelo jornal português ‘Correio da Manhã’ abalou o mundo do futebol neste sábado (20). O jato particular que  foi interceptado pela Polícia  Federal brasileira em Salvador, no dia 9 de fevereiro, com 500kg de cocaína, levaria o jogador Lucas Veríssimo (negociado pelo Santos com o Benfica) para Portugal. Quem também constava na lista inicial de passageiros eram Bruno Macedo, empresário do técnico Jorge Jesus, e Hugo Cajuda, agente de Abel Ferreira.

Avião com 500kg de cocaína foi apreendido pela PF em Salvador no dia 9 de fevereiro – Divulgação/Polícia Federal

Lucas Veríssimo acabou que viajou para Portugal em um voo comercial, no dia 7 de fevereiro, por causa das restrições de viagens entre os dois países por causa da pandemia do coronavírus. A passagem foi comprada pelo Benfica.

Quem também estava na lista inicial de passageiros era o ex-presidente do Boavista, João Loureiro, que teve seu depoimento colhido pela PF na qualidade de testemunha e durou quatro horas. A Polícia ainda colheu mensagens de seu celular, com consentimento, para auxiliar na investigação. Em uma das mensagens, Loureiro pede ao comandante da aeronave uma inspeção “rigorosa na carga do avião” antes do retorno a Portugal. O dirigente disse em seu depoimento que estava no Brasil para “auxiliar um grupo empresarial”.

Apreensão após alerta

No dia 9 de fevereiro, a Polícia Federal recebeu um alerta sobre uma carga suspeita na aeronave, que solicitou pouso em Salvador depois que uma pane no motor foi identificada pelo piloto. Os mecânicos que fizeram a inspeção no jatinho descobriram a carga de 500kg de cocaína e acionaram a Polícia Federal.

A PF ainda dá prosseguimento às investigações para a identificação dos responsáveis pela carga. Até o momento, ninguém foi preso. Os culpados vão responder pelos crimes de tráfico internacional e associação para o tráfico, cujas penas somadas podem chegar a 25 anos.

 

 

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