A Catalunha foi agitada nesta segunda-feira com a prisão do ex-presidente do Barcelona Josep Bartomeu e dois de seus homens-fortes no período em que o mandatário comandou o clube (entre 2014 e 2020): Óscar Grau, diretor executivo e atualmente o CEO do clube, Román Gómez Pontí, chefe dos serviços jurídico Jaume Masferrer, chefe de gabinete do presidente. O motivo é o chamado Barçagate, que investiga a contratação do serviço da empresa I 13 para defender o mandato de Bartomeu e manchar a imagem de opositores e de jogadores críticos ao ex-presidente, principalmente Messi e Piqué.
A ação da polícia teve dois tentáculos. O primeiro prendeu os responsáveis em suas casas. O segundo foi ao clube pegar provas e documentos que possam decifrar o caso.
Desde 2019 Josep Bartomeu vem sendo muito criticado por suas atitudes. Passou a ter como desafeto Lionel Messi. O astro do clube chegou a dizer que sairia do clube por causa do mandatário. Os dirigentes de oposição também passaram a informar e divulgar documentos mostrando que a sua gestão era danosa aos cofres do Barcelona. Em contrapartida, uma série quase diária de notícias passaram a atacar os seus opositores, muitas vezes através de fake news.
Por causa disso, no primeiro semestre de 2020, Bartomeu foi acusado de usar as redes sociais para lançar notícias prejudiciais a jogadores que criticavam seu mandato e candidatos da oposição. Primeiramente, ele negou ter realizado qualquer contrato deste tipo. Mas surgiu documentos mostrando que o clube pagou 1 milhão de euros em cinco partes de 200 mil para a empresa I 13 e que, pelo menos cinco contas no facebook usada para soltar as notícias eram administradas pela tal empresa.
O ex-presidente voltou atrás, disse que havia um trabalho da I 13 para o clube, mas que em nenhum momento o intuito era acabar com a reputação de políticos oposicionistas e jogadores. Bartomeu cancelou o contrato, chamou o serviço de uma auditoria externa (que logo foi destituída), dispensou dirigentes e, quando iria sofria um processo de Moção de Censura movido por mais de 20 mil sócios do clube por causa do Barçagate (o que certamente levaria ao seu impeachment), renunciou em 27 de outubro de 2020.
Sem Bartomeu, a eleição para a presidência do clube foi definida: seria em dois turnos. O primeiro já ocorreu e foi vencido por Joan Laporta, presidente entre 2003 e 2010 e que teve (10.272 votos). Victor Font (4.713 votos) e Toni Freixa (2.822) vieram a seguir e avançaram para o segundo turno, que ocorrerá neste domingo 7/3. Laporta é muito favorito para reassumir a presidência.
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