Atlético
Gabriel Milito precisa encaixar o time do Galo –  Foto: Pedro Souza / Atlético

Ser atleticano é mais que lutar. É brigar, brigar e brigar. O problema do momento é a eterna discussão: “quem é a favor do Milito põe o dedo aqui que já vai fechar”. Mas pode ser também uma disputa de “adedanha”. Há uma turma atleticana “brava” que quer o argentino defenestrado para ontem.
A questão é que o diálogo acaba se tornando raso, simplório e sem o tratamento do que se pode melhorar, ajustar. Não é uma reunião de rota, algo producente, é algo, muitas vezes imaturo que quase se torna uma bet: quer apostar que não vai dar certo?
Em vez de tratarmos sobre a análise de como o time toma os gols e questionar:
“É posicionamento? É transição? Como equilibrar a geometria do balanço defensivo?”
Preferimos uma discussão malmequer ou bem-me-quer. Preferimos dar limite ao treinador em datas, em vez de ajudá-lo. Queremos que 130 dias de trabalho sejam de caminhos inequívocos, mas pouco perguntamos: ” há responsabilidade dos atletas, há falhas da diretoria em seu planejamento? Jogadores são intocáveis? Seremos todos eternos moedores de treinadores? Há atletas sentados no seus respectivos tempos de contrato?”

Gabriel Milito e o Galo

Pois é! Esse debate não exclui que em 30 jogos o time de Gabriel Milito foi vazado por 40 vezes, aumentando a média de gols sofridos. Ele tem suas responsabilidades. Mas e aí: por que isso aconteceu? Alguma teimosia que confundida com convicção? Deficiência de peças? As duas coisas? Seria mais fácil ver o copo potencialmente positivo do início e realinhar o que não está funcionando ou, mais uma vez, jogar mais um ano no lixo para termos a razão ou a ilusão de que TEM QUE TROCAR, “seja como for, é melhor”.

Mas, pior que isso é viver à sombra do passado e não se permitir à evolução. No texto acima, não há qualquer pretensão em ser dono de uma narrativa do “certão”, apenas há um papo genuíno e escrito para que o atleticano entenda que turbulências são do jogo e que, talvez, antes de fazer o mesmo de sempre e recomeçar, valha reconstruir a várias mãos, por o trem nos trilhos. Mineiro historicamente é rei da diplomacia.

Nao é uma guerra bipolar de bem-me-quer versus malmequer, par ou ímpar… Deveria ser maior que ter razão, deveria ser sobre como o Galo estará melhor, sem politicagem leviana , manipulada, escolada. Deveria ser um papo apenas sobre como melhorar o Atlético. Torcer contra o Galo é impensável e inconcebível. E aí! O bom gestor sempre manda um funcionário embora no problema ou trata isso de forma madura internamente? Vivemos uma necessidade de comprar e descartar, mas é assim que se resolve?

O que fazer?

Gabriel Milito precisa melhorar a geometria do time, talvez equilibrar os momentos ofensivo e defensivo, ajustar seus balanços, mas, sobretudo, reconectar os “caras” que entram em campo à crença de que quem domina e comanda é ele. O argentino sabe que não há apenas duas formas de jogar. Não é só para frente ou na retranca, é mais que isso, é sobre ser dominante distribuindo bem as peças no tabuleiro. Mas, ainda assim …

Enfim…

…O Galo não é um eletrodoméstico, é a paixão de um povo. Precisa de mais maturidade na tomada de ação. Mais uma vez, aqui é um papo, deixo a razão para outra oportunidade. E aí: é dois ou um? Biscoito ou bolacha?

Retrospecto Milito até agora:

– 133 dias de trabalho até 5/8/2024;
– Campeão Mineiro de 2024
– Classificado na Libertadores e Copa do Brasil;
– 30 J; 14 V; 9 E; 7D; 51GF (1,7/jogo) e 40 GS (1,33/jogo)
– Aproveitamento: 56,67%

Galo, som, sol e sal é fundamental

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