“A nossa liberdade é o que nos prende”.
O sonho é algo abstrato, algo intangível e subjetivo que move as objetividades. Já parou para pensar que foi o sonho de casar-se, de namorar aquela moça que impulsionou a vida de muitos a construir uma casa, uma família, uma aprovação na universidade?
Pois é! Em todos os sonhos estão se chocando humanas e exatas, o objetivo e o subjetivo, o concreto e o abstrato. O Galo, que de palpável tem a sua torcida, o seu patrimônio, não vive sem o intangível do sonho e da poesia.
Durante 116 anos o atleticano viveu os maiores sabores e dissabores que uma agremiação pode passar e ultrapassar. Mas, durante toda a sua existência, desde de 1908, confundindo-se com a história de Belo Horizonte, algo mais que importante imperou: o orgulho de ser atleticano. Nada, nunca foi mais importante que estar trajado com uma camisa listrada para representar o orgulho, o “sou Galo, claro”.
Sem hipocrisia
Para os novos tempos de vida, até o jornalismo sofreu impactos. Talvez o maior dos “lucros” seja acabar com a hipocrisia de que um comentarista ou jornalista não possa se manifestar ou tenha que torcer forçadamente para um time sem expressão para não poder dizer que torce para o time do seu coração para não se “indispor”. Claro, o profissional sabe diferenciar momentos, afinal, em uma hora somos motoristas, em outros somos transeuntes. Há que se saber se portar em cada condição e ponto.
Mas que bom que as pessoas possam se libertar, lembrar dos jogos que iam com os pais, tios e avôs. Afinal, ninguém nasceu da chocadeira, já dizia meu amigo Guilherme Reis. Como represar o atleticanismo? Pergunte ao comentarista Lélio Gustavo, um dos mais respeitados em Minas Gerais por todas as torcidas… Assim, como se pode negar o “ser atleticano”? Como não poder gritar Galo? Como passar uma vida bancando-se com o tal do imparcial de um esporte tão passional?
Atleticano não nega o Galo
Para o atleticano, negar o Galo é uma heresia que remete a Pedro negando Cristo. Isso dói ainda mais, fere a alma. Fale com o jornalista Henrique André como poder vestir o Manto o deixa mais leve e amoroso. Há coisas que não se poderia passar na vida sem se ver ou viver: um show de um Beatle, um amor nascer e o orgulho de ser atleticano.
O Galo está chegando novamente a Buenos Aires sonhando em levar o mundo de Minas Gerais para as terras hermanas. O sonho preto e branco junta os objetivos e subjetivos, humanas e exatas, práticos e filósofos, mas, acima de tudo, leva a Buenos Aires o mais importante: o orgulho de ser Galo. Afinal, Galo é Galo. O resto é o resto. Gritar Galo é Libertador, espanta os males da alma, é, sem dúvida, libertar as dores do mundo. Que grite o Lélio, o Fredim, o Henrique André e quem mais quiser. E que a América seja mineira novamente, amém.
Viva o concreto, o abstrato, o intangível e o palpável, mas, sobretudo, viva sempre o Clube Atlético Mineiro.
Galo, som, sol e sal é fundamental!
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