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Galo mais uma vez em ação - Foto: Pedro Souza / Atlético

Se o Galo ganha tudo se resolve, todo mal se dissolve.

Quem são os humanos diante daquele distinto distintivo emoldurado enormemente na fachada de Lourdes? Estão todos abaixo, todos embasbacados com sua pujança, com sua retumbância. Os homens respeitam, contemplam ou admiram ou ainda fazem as três coisas.

Em algumas horas o sonho do atleticano olhará para aquela caixinha de anseios anotada no início do ano. Dentro daquela fração de matéria fechada há desejos de faculdade de uns, de casa própria para outros, de quitação de dívida de muitos e de Libertadores para um tantão.

Pois é! O corre-corre do dia tenta nos endurecer o peito. É matemática para cá, boleto adiado para lá, trânsito caótico de BH, mas se tem Galo a vida se reorganiza em esperança e a mensagem implícita da alma é: se o Galo ganha tudo se resolve, todo mal se dissolve. Literalmente o Galo é o mesmo que aprisiona e paradoxalmente “Liberta”. Liberta… Liberta, Liberta. Como escreve mesmo? Ob, ob…Observação? Não! Obsessão.

Galo doido

O Atlético torna o homem mais “concreto”, objetivo, bigodudo e adulto no mais autêntico poeta ou criança da subjetividade catarrenta ou dona da melhor catarse pueril. É um trem genuinamente drummondiano com uma porção de Guimarães Rosa e um tanto de uai, sô. Até porque, viver o Atlético é um encantamento eterno. O Atlético é aquela plantinha que nasce na fenda trincada do concreto dos passeios das ruas, é a força da vida. O Galo é a Coca-Cola KS gelada, trincando e suando com o sol lá fora com 38⁰ na “moringa”.

Poesia é ser verdade na lata com a sensibilidade drummondiana do Roberto e do Carlos e com a sensibilidade de Guimarães Rosa.. E já que falamos de flores, as de plástico não morrem…Viva o Galo Doido da sua vida! Se o Galo ganha tudo se resolve, todo mal se dissolve.

Galo, som, sol e sal é fundamental.

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